Método Wolbachia: mosquitos são soltos para evitar a transmissão de dengue no PR

Desenvolvido na austrália, o método usa o próprio Aedes aegypti para controle da doença

por Jessica de Holanda
com supervisão de Scheila Pessoa
Publicado em 29 jul 2024, às 19h55.

A biofábrica do Método Wolbachia soltou, nesta segunda-feira (29), os primeiros mosquitos Aedes aegypti com a bactéria que evita que transmitam dengue, Zika e chikungunya em Foz do Iguaçu, na região Oeste do Paraná.

O Método Wolbachia foi desenvolvido na Áustralia
Os mosquitos foram soltos na inauguração da biofábrica, em Foz do Iguaçu (Foto: SESA-PR)

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o método consiste na liberação de mosquitos a fim de evitar a transmissão dessas doenças. Chamados de Wolbitos, eles não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças.

Até o fim do ano, está prevista a liberação de aproximadamente 26 mil Wolbitos em 13 bairros do município. Segundo a Sesa, uma van vai percorrer as regiões, uma vez por semana, para soltar os insetos.

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Método Wolbachia

Desenvolvido na Austrália, o método é usado no Brasil desde 2014. Em 2015, o método Wolbachia começou a ser implantado como projeto-piloto em Niterói, no Rio de Janeiro. De acordo com o Minestério da Saúde, o município teve uma redução de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de Zika nas áreas onde houve a intervenção entomológica.

Boletim da dengue no Paraná

De acordo com o último boletim da Vigilância Ambiental da Sesa, divulgado na última terça-feira (23), já foram contabilizados 587.701 casos confirmados, 571 mortes e 933.146 notificações em decorrência da dengue no Paraná, desde o início deste período epidemiológico, iniciado em julho de 2023.

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