Ministério da Saúde prorroga custeio de leitos de UTI Covid-19 em todo o país
BRASÍLIA (Reuters) – O Ministério da Saúde decidiu prorrogar por mais 30 dias o custeio dos 14.254 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) adulto e pediátrico destinados ao tratamento da Covid-19 com o objetivo de garantir a assistência de pacientes que desenvolveram formas graves ou gravíssimas da doença.
Em comunicado, a pasta disse que a decisão foi definida junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de municípios (Conasems) e deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
Nesta segunda-feira (24), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou a jornalistas que até pelo menos março o governo federal vai continuar o apoio para os leitos de UTIs de Covid-19. Segundo ele, o pico da Ômicron nos países tem ocorrido em cerca de 45 dias e que é preciso que o Brasil se prepare nos próximos 30 dias em que deve ocorrer um aumento de casos e uma maior pressão sobre o sistema de saúde.
Queiroga citou ainda que funcionários de saúde também se contaminam, o que pode diminuir a força de trabalho no enfrentamento à pandemia.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), comemorou o anúncio da pasta. “Importante decisão para um momento em que vários Estados e municípios têm muitas regiões de saúde, com elevado número de pacientes e não só para Covid, mas também outras doenças. Decisão acertada e agradecemos”, disse ele, que é coordenador da temática de vacina e enfrentamento à Covid-19 no Fórum Nacional de Governadores.
A decisão do governo federal de prorrogar os leitos de UTI Covid-19 ocorre em meio a um grande salto no número de casos e internações em alguns locais decorrente da variante Ômicron da doença. O número de mortes, entretanto, não tem se elevado muito em razão do avanço da vacinação no país.
A pasta disse que segue avaliando a situação do país e, se necessário, poderá fazer novas prorrogações. Segundo o ministério, em todo o país, já foram autorizados mais de 26 mil leitos de UTI Covid ao custo de 16,2 bilhões de reais.
Por Ricardo Brito