Mulher é diagnosticada com demência por causa de mofo em casa; entenda
Uma mulher de 37 anos foi diagnosticada com demência após passar por uma infestação de mofo na casa onde morava. A australiana Amie Skilton, possui uma vulnerabilidade genética às toxicidades do mofo e a exposição ao mofo desencadeou uma resposta inflamatória em seu corpo.
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De acordo com Anie, antes de se mudar para a casa onde mora atualmente, ela estava bem de saúde. Inclusive, ela havia participado de uma competição de corrida onde percorreu 9km.
Segundo o jornal New York Post, a impermeabilização do chuveiro estava estragada durante uma reforma e, como resultado, a água vazava para debaixo do tapete e pelo apartamento toda vez que era usada. A situação gerou um mofo na residência.
Dois meses depois, Anie começou a ficar doente. Segundo o relato da mulher, os primeiros sintomas foram alergias e ganho de peso excessivo.
“Eu também sou nutricionista e literalmente tive o mesmo peso a vida toda. Engordei 10 quilos em questão de meses e tive uma fadiga”,
contou a mulher em entrevista à mídia local.
Durante os meses, as funções cerebrais de Anie começaram a declinar. Ela tinha problemas para se concentrar e trabalhar e, quando estava no auge de sua doença, foi encaminhada a um neurologista que a diagnosticou com doença de Alzheimer tipo três, também conhecida como Alzheimer inalatório.
“Alguns dias eu não conseguia descobrir como me vestir. Eu olhava para as roupas e ficava realmente confusa sobre como vesti-las”,
disse ela.
Ainda na entrevista, Anie comentou que houve um momento muito assustador em que não conseguia lembrar do próprio nome.
“Fui preencher um formulário um dia e estava olhando para a caixa que dizia meu nome e fiquei tipo, o que é mesmo? Eu estava olhando para ele, procurando por ele”,
disse ela
Anie ainda conta que até ter o diagnóstico correto foi difícil passar por toda a situação, já que todos os exames feitos não apontavam nada incomum.
Ela disse que as aflições relacionadas ao mofo são uma daquelas condições em que muitos profissionais de saúde não são treinados, o que significa que a maioria das pessoas acaba sendo diagnosticada com coisas como síndrome da fadiga crônica ou fibromialgia porque apresentam sintomas semelhantes.
Ela disse que exames de sangue normais não são suficientes para mostrar o que está realmente errado.
“Foi exatamente isso que aconteceu. Tudo voltou bem, contagens de glóbulos brancos bem, contagens de glóbulos vermelhos estavam bem ”, disse Skilton, acrescentando que a maioria dos médicos a ignorou e disse que não havia nada de errado com ela.
Somente após descobrir a situação em sua residência foi possível realizar o tratamento adequado para a doença que estava enfrentando. Cinco anos depois de ficar doente por causa do mofo, Anie conseguiu recuperar todas as funções cerebrais e mudou de residência.