Mulher infectada pela Covid testa positivo para outros 2 vírus ao mesmo tempo
Uma moradora de Botucatu, no interior de São Paulo, descobriu ao testar positivo para a Covid-19 que também havia se infectado pela influenza A (gripe) e o adenovírus (resfriado). A mulher, de 49 anos, apresentou os primeiros sintomas após uma confraternização de fim de ano, segundo o médico responsável pela paciente, professor Alexandre Naime Barbosa, chefe da infectologia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).
“Ela chegou com síndrome gripal, eu fiz o painel viral, vieram os três vírus. Monitorei ela para Covid por dez dias”,
disse ao R7.
De acordo com o portal R7, depois de passar pelo período de isolamento sem complicações, a moradora foi liberada para retornar às atividades normais.
“Ela está ótima, é uma médica, triatleta, não desenvolveu sintomas graves, não teve hipóxia, nada. Ela não precisou usar oseltamivir porque não é grupo de risco. Mas veja que mesmo pessoa sem comorbidades e com histórico de atleta pode pegar três vírus ao mesmo tempo. Por isso é importante a gente manter as medidas de prevenção, que são o uso de máscara e evitar aglomeração”.
Coinfecção
Entre os diversos casos de coinfecção de vírus respiratórios detectados no Brasil, está a “flurona“, que se caracteriza pela infecção de influenza e coronavírus. Para o especialista, esse cenário já era esperado devido as flexibilizações de atividades nos últimos dois meses em todo o país.
“Já fazia um tempo que esses vírus não circulavam e agora eles estão muito mais transmissíveis para um ambiente de pessoas que não tiveram contato, que não têm imunidade contra essa cepa H3N2 Darwin do influenza ou para outros vírus de resfriado. Quando você fica muito tempo sem contato, isso acaba acontecendo, fica mais suscetível”,
explicou o professor.
Segundo Barbosa, para evitar complicação, se faz necessário fazer testes tanto para a Covid-19,quanto o chamado painel viral, que detecta outros vírus respiratórios.
“Geralmente são casos leves, autolimitados, benignos, mas que deveriam ser avaliados para que se pudesse fazer um diagnóstico diferencial”.