"Não tinha antes", Beto Preto fala sobre internação de jovens por covid-19 e faz apelo para população

por Daniela Borsuk
com RIC Record TV
Publicado em 9 mar 2021, às 15h20.

“Nas últimas três ou quatro semanas nós estamos encontrando um grupo muito maior, duas ou três vezes maior, de pessoas com 30, 40 anos intubadas. Isso não tinha antes”. A afirmação do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, acontece no momento em que o Paraná vive o pior cenário da covid-19 desde o início da pandemia.

O aumento no número de casos do coronavírus entre jovens acontece com o surgimento da nova cepa da covid-19 que se espalhou pelo país.

“A doença está se espalhando com essa nova cepa, P1, amazônica, brasileira. Há uns 10 dias atrás, a FioCruz fez um teste no Paraná com os pacientes que têm carga viral mais alta, aplicou 216 testes para P1 e 70% foram confirmados”.

Diz Beto Preto.

Conforme o secretário da Saúde, “nós temos 21 dias muito difíceis pela frente”. Ele explicou que a circulação mais intensa da cepa amazônica deve durar oito semanas e que o Paraná está na quinta semana desde o aumento no número de casos da variante P1.

“Não está fácil. Todos os dias com esses números, é a mesma situação que eu tenho visto em diversos hospitais. Médicos com dificuldades para equipamentos, equipes com dificuldades para ter o médico ou enfermeiro à disposição, e principalmente, uma luta diária para manter os estoques dos medicamentos de sedação”.

Conta o secretário.

“Nós temos 1.500 paranaenses hoje nas UTIS do Paraná e 1.200 estão intubados”, explicou Beto Preto. A falta de medicamentos de sedação colocaria em risco os pacientes que se recuperam nos hospitais com auxílio dos respiradores.

Apelo

Ao final da entrevista para o Balanço Geral, o secretário Beto Preto fez um apelo para que a população não relaxe nas medidas de prevenção.

“Eu peço, por gentileza: fiquem firmes na defesa do distanciamento social, do uso da máscara, álcool em gel, pode parecer que a gente está repetindo há um ano, mas é isso que consegue ainda diminuir a circulação do vírus”. 

Finaliza.

Na entrevista, Beto Preto também falou sobre o aumento no número de mortalidade dos pacientes, sobre a vacinação e sobre a fila para leitos de enfermaria e UTI no Estado.