Novo vírus encontrado em porcos na China pode trazer surto de gripe

Publicado em 30 jun 2020, às 10h10. Atualizado em: 1 jul 2020 às 09h37.

Um novo vírus da gripe encontrado em porcos na China pode causar uma pandemia, de acordo com estudo publicado na revista PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. 

Novo vírus em porcos se tornou mais contagioso para humanos

Conforme os cientistas, o novo vírus se tornou mais infeccioso para humanos e deve ser monitorado.

Apesar disso, a princípio ainda não existe nenhuma ameaça iminente deste novo vírus.

Durante o estudo, pesquisadores chineses analisaram o vírus de gripe encontrado em porcos entre 2011 e 2018, e localizaram uma cepa “G4” do H1N1 que tem “todas as características essenciais de um candidato a vírus pandêmico”.

Além disso, trabalhadores de criadouros de porcos também apresentaram níveis elevados do novo vírus no sangue.

“O monitoramento atento em populações humanas, especialmente trabalhadores da indústria de carne suína, deveria ser implantado com urgência”, disseram os cientistas.

O estudo ressalta os riscos do novo vírus cruzar a barreira das espécies e contaminar humanos.

Novo coronavírus e o morcego-de-ferradura-pequeno

Acredita-se que o coronavírus se originou no morcego-de-ferradura-pequeno do sudoeste da China, e que pode ter passado para humanos em um mercado de frutos do mar da cidade central de Wuhan.

De acordo com Christian Lindmeier, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o estudo será analisado com cuidado.

“Não podemos baixar a guarda diante da gripe e precisamos ficar atentos e manter a vigilância mesmo durante a pandemia de coronavírus”.

Ainda nesta terça, o porta-voz Zhao Lijian, do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que seu país está acompanhando os acontecimentos atentamente.

“Tomaremos todas as medidas necessárias para evitar a disseminação e o surto de qualquer vírus”, disse.

O estudo disse que os porcos são considerados “recipientes de mistura” importantes para a geração de vírus pandêmicos de gripe e pediu uma “vigilância sistemática” do problema.