Pandemia diminui turismo e preocupa comerciantes no litoral paranaense

por Fernanda Xavier
da equipe de estágio RIC Mais, sob supervisão de Larissa Ilaídes
Publicado em 15 maio 2020, às 00h00.

Nas cidades do litoral do Paraná, as ruas costumam permanecer lotadas em todos os meses que antecedem a chegada do Inverno. Entretanto, com diversas praias interditadas ou com forte fiscalização do poder público, devido às medidas de segurança durante a pandemia, o turismo diminuiu bruscamente desde o início do mês de março no litoral paranaense.

A situação acendeu um sinal de alerta entre os comerciantes do litoral paranaense. A venda para turistas, que neste período costuma representar, em média, 80% do faturamento para o setor varejista e 45% para a prestação de serviços, caiu para menos de 10% durante a pandemia. O setor mais prejudicado está sendo o da hotelaria, com perda total de rendimentos, seguido pelo setor alimentício.

Adaptação dos comerciantes não está sendo suficiente

De acordo com Solange Aparecida de Souza e Silva, Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guaratuba (ACIG), vários comerciantes estão se reinventando com propostas diversificadas para atender a legislação vigente, mas isso não está sendo o suficiente para garantir a sobrevivência dos empreendimentos.

“Os benefícios governamentais têm contribuído para manter os comércios abertos, mas não é o suficiente. Os mais prejudicados, como restaurantes, têm se reorganizado para o atendimento interno e redobrando os cuidados na produção. E o serviço de entrega, por exemplo, já está fazendo parte até mesmo do cotidiano do ramo de confecções”, afirma ela

Alessandro, Diretor de Marketing da Rede Bangalô dos Pastéis, conta que tiveram uma queda de mais de 64% no faturamento comparado ao mesmo período do ano passado. Ele comenta que estão economizando em tudo, devido a incerteza dos próximos meses.

A rede, que possui atualmente três unidades no litoral do Paraná, já teve de reduzir a jornada de trabalho e o salário dos funcionários em 50%, optando por não demitir ninguém.

O diretor conta que para apoiar o franqueado e ajudar durante essa fase, a rede não está cobrando a taxa de marketing. Além disso, estão fornecendo incentivo financeiro para que todas as unidades consigam oferecer delivery gratuito.

“Cada franquia tem feito suas próprias ações, como promoções, descontos, delivery grátis ou solidário, uso de influencers para fomentar as vendas”, conta

Ele finaliza apontando que cada parceiro têm suas necessidades específicas decorrentes da pandemia e que estão trabalhando para que todos consigam passar por essa fase tão complicada.

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