Funcionários do Hospital de Clínicas de Curitiba fazem paralisação de 24h

Os trabalhadores dos hospitais universitários administrados pela Ebserh reivindicam reajuste salarial de 11,14%, entre outras demandas da categoria

Publicado em 6 maio 2024, às 12h05. Atualizado às 15h26.
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Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o Complexo do Hospital de Clínicas de Curitiba, iniciaram uma paralisação nesta segunda-feira (6). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest-PR), a ação teve início às 7h e a previsão inicial é que dure 24 horas.

Os funcionários do Ebserh iniciaram uma paralisação de 24h nesta segunda (6)
Fachada do Hospital de Clínicas de Curitiba (Foto: Divulgação/UFPR)

O Hospital de Clínicas, por meio da assessoria de imprensa, confirmou que cerca de 5% dos trabalhadores da Ebserh aderiram à paralisação. Em princípio, conforme o HC, o atendimento aos pacientes e à população está normal desde o início do ato pacífico.

Uma assembleia da categoria acontece na tarde desta segunda, para definir os rumos da manifestação.

Trabalhadores do Ebserh reivindicam reajuste salarial

Os funcionários reivindicam reajuste salarial de 11,14%, entre outras demandas da categoria. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) alega insatisfação com a proposta de reajuste de 2,5% da Ebserh. Além disso, contestam que não houve consenso sobre a redução do auxílio transporte de 6% para 0,5%.

Os representantes dos trabalhadores afirmam que a proposta da Ebserh foi “prontamente rejeitada pelas entidades”. Além disso, que “será levada para deliberação dos trabalhadores nas assembleias”, diz Castagna.

Paralisação dos funcionários da Ebserh em CUritiba começou nesta segunda (6)
Paralisação dos funcionários da Ebserh em Curitiba começou nesta segunda (6) (Foto: Divulgação)

Por meio de nota, a Ebserh informou que realizou uma audiência de mediação e conciliação sobre o Acordo Coletivo de Trabalho nesta segunda e que segue o diálogo aberto os empregados.

Segundo a Ebserh, a empresa apresentou uma nova proposta para a categoria: 3,09% sobre os salários e benefícios, exceto alimentação e 20,58% de reajuste no vale-alimentação. Além disso, 100% do INPC para o próximo período sobre salários e benefícios e a manutenção dos 38 itens sociais, já com aprovação da categoria. Também oferecem a instituição de GT paritário, para criação de um plano de recomposição salarial.

O comunicado afirma, ainda, que a proposta tem mediação do TST e está condicionada ao fim da paralisação. Por fim, a entidade aguarda resposta dos trabalhadores até esta terça-feira (7).

Leia a nota da Ebserh na íntrega

Após pedido feito pela Ebserh, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) realizou audiência de mediação e conciliação sobre o Acordo Coletivo de Trabalho nesta segunda-feira (6).

Seguindo o compromisso de manter o diálogo aberto com os empregados, a Ebserh, após contato com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), apresentou nova proposta econômica à categoria: 3,09% sobre os salários e benefícios, exceto alimentação; 20,58% de reajuste no vale-alimentação; 100% do INPC para o próximo período sobre salários e benefícios; manutenção dos 38 itens sociais já aceitos; e instituição de GT paritário para criar um plano de recomposição salarial.

Tal proposta é mediada pelo TST e está condicionada ao fim da greve, cuja resposta por parte dos trabalhadores deve ser dada até esta terça-feira (7). A Ebserh reforça seu empenho em manter o diálogo e a transparência visando a conclusão do ACT.

Outros estados também prometem greve da Ebserh

Pelo menos 17 estados brasileiros já estão com funcionários da Ebserh em greve. Segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Santa Catarina foi o primeiro estado a adotar a paralisação, em 2 de maio. 

Nesta segunda (6) outros 16 estados, além do Distrito Federal, prometem aderir a greve:Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piaui, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

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