Paraná tem 40% dos testes para Covid-19 com resultados positivos; ideal é de 5% a 15%
Em passagem por Londrina, nesta sexta-feira (21), Beto Preto, secretário da saúde do Paraná, demonstrou preocupação com o crescimento de casos confirmados da Covid-19 no estado. De acordo com ele, 40% dos testes realizados no Paraná para detectar a doença têm resultados positivos. O ideal seria de 5% a 15% do total.
A Agência de Notícias do Paraná (AEN) informou que o Boletim Epidemiológico Covid-19 nº 62, do Ministério da Saúde, aponta que o Paraná é líder nacional proporcional em testagem RT-PCR. O exame é o mais recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para detecção do vírus Sars-CoV-2. Atualmente, o estado registra 1.048.377 pessoas já infectadas e 25.231 mortes pela doença.
“Isso mostra que o vírus está circulando. […] Não podemos ter uma falsa impressão de que a vacinação resolve tudo de uma vez.”
disse Beto Preto, em entrevista ao Cidade Alerta Londrina
Beto Preto ressalta o aumento dos casos após as comemorações do Dia das Mães. Ele alerta que, para considerar a situação da pandemia controlada, é necessário ter 70% das pessoas vacinadas. Por enquanto, o Paraná atingiu 20% de vacinados com a primeira dose.
Em Londrina, a maior taxa de infecção é entre pessoas de 20 a 39 anos. A última atualização do Painel COVID-19 da cidade mostra que não há vagas em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados à doença. Para a enfermaria, apenas 18,4% dos leitos estão disponíveis. No Paraná, esse dado chega a 96% de ocupação das vagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O secretário revelou que o Governo planeja ações para reduzir a ocupação das UTIs do estado que atendem tanto casos gerais, quanto pacientes com o coronavírus. Um deles é aumentar o período do toque de recolher, que ainda não há um horário divulgado, para diminuir acidentes de trânsito que exigem atendimentos intensivos. A decisão pode acontecer nos próximos dias.
Nova variante indiana
Beto Preto informou que o Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Saúde enviou correspondência ao Ministério da Saúde e à Anvisa, para tratar de medidas contra a variante indiana do vírus.
O primeiro caso no Brasil da nova cepa foi confirmado no estado do Maranhão. Existem suspeitas que existem infectados na Argentina.
“Pela nossa experiência com as outras variantes, ela já deve estra circulando no Brasil e não foi detectada efetivamente ainda. […] Vamos continuar acompanhando isso e vamos propor algumas ações, principalmente no Porto de Paranaguá, na fronteira de Foz do Iguaçu, na fronteira de Guaíra, Aeroporto Afonso Pena e no aeroporto de Foz do Iguaçu.”
informou Beto Preto ainda em entrevista ao Cidade Alerta Londrina.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a variante um dos fatores que levaram à explosão de casos e mortes na Índia. Ela já está presente em mais de 44 países.