Prefeitura de Curitiba investiga morte de paciente em UPA; família alega demora
A Prefeitura de Curitiba investiga a morte de Eliane Floriano Camargo de Farias, de 42 anos, que aguardava atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por mais de cinco horas. A paciente, que estava com insuficiência renal, morreu em uma sala de espera da UPA da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) na madrugada de segunda-feira (04).
Segundo relatos da família da vítima, na sexta-feira (1°), ela foi na Unidade Básica de Saúde (UBS) Aurora, no bairro Novo Mundo, para pegar o resultado de um exame médico feito no rim. Na manhã de domingo (03), Eliane passou mal e foi para a UPA da CIC. Conforme a família, ela deu entrada por volta das 7h da manhã, mas só conseguiu ser atendida quatro horas depois, por volta das 11h. Os médicos receitaram um relaxante muscular e um xarope para ela.
Após a consulta, a vítima voltou para casa e passou mal durante a tarde novamente. A família diz que voltou com ela à UPA por volta das 19h. Ela chegou a passar por uma triagem e a deixaram aguardando atendimento. A família informa que acionou a Guarda Municipal (GM) quando o tempo de espera passou de cinco horas.
Os agentes da GM, junto com os seguranças da UPA, chamaram a enfermeira chefe para dar um retorno à família sobre o atendimento da vítima. A profissional da saúde foi até a sala de espera para falar com Eliane, que já estava morta.
O atestado indica que a vítima morreu na madrugada de segunda-feira (04) de insuficiência renal aguda, hipercalemia e taquicardia ventricular. Eliane era, ainda, diabética e hipertensa.
A equipe de reportagem entrou em contato com o Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS), responsável pela contratação dos funcionários da UPA, mas não houve retorno.
Em nota, a Prefeitura de Curitiba informa que foi instaurado um processo de investigação sobre o caso.
“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba e a Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) lamentam o óbito da paciente nesta segunda-feira (4/7) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) CIC e informam que já foi instaurado processo de investigação para elucidação do caso.
A SMS e a Feas esclarecem que, na UPA, a paciente recebeu atendimento médico, passou por exames laboratoriais e recebeu medicamentos conforme o quadro apresentado. Infelizmente, seu quadro evoluiu de forma rápida e fatal”.