Promotora de Londrina não descarta 'coerção' dos pais para vacinação de crianças
A promotora de Defesa da Saúde, Susana de Lacerda, instaurou um procedimento no Ministério Público para ter acesso aos números da cobertura de diferentes vacinas em Londrina.
A preocupação em relação aos imunizantes destinados ao público infantil aumentou depois da baixa da cobertura na campanha da poliomielite na cidade, que não passou de 58%. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda 95% de cobertura.
“Vamos acompanhar a cobertura de todas as vacinas, não só da pólio. Por isso, pedimos informações ao Município para verificar todos os ciclos vacinais dos diferentes imunizantes”, explicou. Entre os pedidos de informações do MP, está os dados das carteirinhas de vacinação dos estudantes, o que é obrigatório na matrícula.
A partir desses dados, o objetivo é traçar estratégias e verificar com “clareza” se houve “postura intransigente”, por parte dos pais e responsáveis por opção e desrespeito à saúde pública.
“Ai sim, o Ministério Público, promotorias de Defesa da Saúde, da Infância e Juventude, podem tomar uma postura diferente e talvez, uma postura de coerção em relação aos pais”, declarou a promotora.
No último domingo (6), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em cadeia nacional pedindo para que pais e responsáveis vacinem as crianças contra a poliomielite.