Desenvolvida pela Instituto Russo de pesquisa Gamaleya, a vacina Sputnik V apresentou eficácia de 91,6% conta a covid-19. Já contra casos moderados e graves da doença foi de 100%. O resultado foi divulgado pela revista científica “The Lancet“, especializada em saúde.
A vacina russa é a quarta vacina a ter o resultado publicado pela revista. Antes já tinham sido apresentadas os resultados das vacinas Moderna, Oxford/AstraZeneca e Pfizer/BioNTech.
A Sputnik V utiliza “leva” o material genético do coronavírus, o RNA, para dentro do corpo. Porém, antes é modificado para não conseguir reprodução. Por isso, ele não causa doença.
Negociação com o Brasil
A vacina Sputnik V ainda não foi testada em brasileiros. A Rússia está pronta para entregar 10 milhões de doses já no primeiro trimestre e deve começar a enviá-las assim que a Anvisa conceder o uso emergencial.
O pedido de realização do estudo ainda está em avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Sputnik V no Paraná
Em agosto de 2020, o governo do Paraná anunciou um acordo para testar e produzir a vacina Sputnik V. Segundo Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPar), os dados seriam enviados à Anvisa em setembro e os testes no estado começariam em outubro. Mas nenhuma etapa saiu do papel.
Em dezembro do ano passado, em uma entrevista para o UOL, o Tecpar informou que o fundo de investimento russo alterou o projeto negociado com o Brasil, mas não detalhou o que impediu o avanço da parceria. O instituto declarou que aguarda uma definição da Rússia.