Secretaria da Saúde registra segundo caso de H1N2 no Paraná

por Renata Nicolli Nasrala
com informações da Agência de Notícias do Paraná
Publicado em 19 dez 2020, às 12h14.

A Secretaria de Estado da Saúde detectou mais um caso de H1N2 no Paraná, subtipo inusitado do vírus Influenza A. O registro ocorreu no município de Rebouças, no Centro-Sul do Paraná, em uma criança de quatro anos que reside na área rural.

H1N2 no Paraná é o segundo caso do estado

Até o momento, este é o segundo caso descoberto de no H1N2 no Paraná durante este ano. O primeiro foi identificado no mês de abril, em Ibiporã, em uma mulher de 22 anos, que se recuperou rapidamente.

A criança infectada também está bem, sendo monitorada em casa.

Os pais levaram a garota para atendimento no Hospital Darcy Vargas, no dia 16 de novembro, com febre de 39ºC, dispneia, desconforto respiratório, coriza e dor de cabeça.

Foi coletada amostra para pesquisa de vírus respiratório, avaliada com detecção do vírus como Influenza A pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

“Em meio à pandemia da Covid-19, qualquer novo vírus com potencial epidêmico identificado merece toda a atenção e imediata implementação de medidas de prevenção e controle”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

H1N2

O H1N2 é um subtipo do vírus Influenza A e, neste momento, o Laboratório da Fiocruz faz a análise filogenética para compreensão detalhada da cepa encontrada.  

“É uma medida fundamental, pois temos que trabalhar com todos os cenários epidemiológicos e, inclusive, com a possível emergência do vírus no hospedeiro humano. Espera-se que isso não aconteça e que o ciclo seja encerrado neste único contaminado”, explica a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde, Acácia Nasr.

O Paraná realiza dois tipos de Vigilância para as viroses respiratórias: com coletas semanais de amostras de pessoas que apresentam sintomas de síndrome gripal nas 34 unidades sentinelas da Secretaria da Saúde e com a coleta obrigatória de material de pacientes internados em decorrência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

“No Estado, todo paciente que interna, seja em UTI ou leito de enfermaria, com suspeita de síndrome gripal ou com síndrome respiratória aguda grave, realiza a coleta”, informa Acácia. “Então, com estes dois tipos de coletas, nas unidades sentinelas e nas unidades de internação, desenvolvemos um painel de pesquisa para 15 vírus respiratórios; trata-se do painel mais extenso do país e por esta razão o trabalho de monitoramento desenvolvido aqui é modelo nacional”, complementou a diretora-técnica do Lacen-PR, Irina Riediger.