Secretaria de Saúde alerta sobre prevenção à mpox no Paraná

Estado registra oito casos da doença, em três cidades diferentes, desde o início do ano, mas mantém vigilância contínua para evitar novos contágios

Publicado em 16 ago 2024, às 14h31. Atualizado às 14h32.
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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná alerta a população sobre as medidas de prevenção e cuidados em relação à mpox, doença também conhecida como “varíola dos macacos”. A vigilância sobre a doença foi ampliada depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a mpox como uma emergência de saúde pública. Isso porque houve um aumento expressivo de casos e mortes causados por uma nova variante da doença na África.

OMS declara que Mpox, antiga varíola dos macacos, volta a ser emergência global
Surgimento de nova variante da doença na África levou à OMS a decretar emergência de saúde pública (Foto: REUTERS/Arlette Bashizi)

Entretanto, apesar da gravidade do anúncio, a Sesa trata a mpox como uma doença controlada no estado, até porque foram confirmados somente oito casos no Paraná desde o início do ano. Apesar disso, a secretaria ressalta que as pessoas devem tomar alguns cuidados básicos para evitar novos contágios e diagnosticar rapidamente a ocorrência da mpox.

“Aqui no Paraná nós nunca deixamos de monitorar a mpox. Estamos muito atentos porque em um passado não muito distante, no ano de 2022, tivemos no país mais de 10 mil notificações. Até o presente momento, neste ano, tivemos oito casos confirmados aqui no Paraná, sem nenhum óbito. Vamos ficar muito atentos à sintomatologia, à febre, à dor muscular, e principalmente àquelas vesículas, que lembram pequenas bolhas na pele. E vale lembrar que o contágio se dá preferencialmente pelo contato direto com essas vesículas, ou pelo contato íntimo com quem tem a doença”, afirma Cesar Neves, secretário de estado da Saúde.

Paraná contabiliza oito casos de mpox em 2024

O secretário destaca que os números da doença no Brasil e no Paraná são muito menos alarmantes do que os registrados dois anos atrás. Em 2024, no Paraná, foram identificados 131 casos suspeitos de mpox. Dentro destas suspeitas, somente oito casos foram confirmados, sem nenhum registro de morte. Essas confirmações foram em Curitiba, com seis casos; Londrina, com um; e Santo Antônio da Platina, também com um caso confirmado. Em 2022, durante o pico da doença, foram 283 casos no Estado.

Em todo o Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis neste ano, até o momento. Número bastante inferior quando comparado aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, ano em que foi contabilizado o pico da doença no país e declarada pela OMS a última Emergência de Saúde Pública no Âmbito Internacional (ESPII) para mpox.

Ministério da Saúde negocia a aquisição de vacinas

Além de acompanhar a notificação dos casos, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a formação de um Comitê de Operação de Emergência (COE) que incluirá a Anvisa, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e outros órgãos para analisar e coordenar as ações de resposta à doença. De acordo com o MS, a pasta negocia ainda a aquisição de 25 mil doses da vacina junto à Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

A vacina é destinada apenas para pessoas diagnosticadas com HIV, imunossuprimidos, que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença (pós-exposição), além de profissionais de laboratórios que trabalham diretamente com vírus.

Ministério da Saúde vai instalar centro de operações em resposta à Mpox
Ministério da Saúde negocia compra de vacinas (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

Doença viral é transmitida pelo contato com pessoa infectada

A mpox é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. Pode ser transmitida por toque, beijo, relações sexuais ou por meio de objetos como lençóis e roupas contaminadas.

A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.

As principais medidas de controle são isolamento dos doentes, rastreamento e monitoramento dos contatos íntimos e familiares do paciente e utilização de equipamentos de proteção individual pelos doentes e por parte dos profissionais de saúde ou cuidadores dos casos.

O diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste deve ser feito em todos os pacientes que forem enquadrados na definição de caso suspeito. As amostras são direcionadas para os laboratórios de referência pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

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