Sem casos de contaminação local, PR monitora avanço da febre oropouche

Estado registrou somente nove casos da doença, todos eles contraídos por pessoas que estiveram em outros estados brasileiros

Publicado em 21 ago 2024, às 15h06. Atualizado às 15h18.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná monitora diariamente o cenário da febre oropouche, que tem crescido em diversas regiões brasileiras. Apesar de não ter registrado nenhum caso contraído localmente (autóctone) no estado, o setor de Vigilância Ambiental da secretaria se mantém em alerta em relação à doença.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná monitora diariamente o cenário da febre oropouche, que tem crescido em diversas regiões brasileiras. Apesar de não ter registrado nenhum caso contraído localmente (autóctone) no estado, o setor de Vigilância Ambiental da secretaria se mantém em alerta em relação à doença.
Secretaria incluiu a detecção da doença nos testes laboratoriais (Foto: Divulgação/Lacen-PR)

De acordo com a Sesa, até o momento foram registrados nove casos de oropouche no Paraná, todos eles em pessoas contaminadas fora do estado e nenhum deles com morte. Entretanto, a secretaria destaca o aumento dos casos da doença no país. Conforme os dados do Ministério da Saúde, são 7.653 casos neste ano em todo o país, em 22 estados brasileiros, e dois óbitos confirmados, na Bahia.

Existe, porém, um caso de morte em investigação. Esse caso é de um paciente residente no Paraná, que contraiu a doença em Santa Catarina. Até o momento ainda não há a confirmação de que esse óbito está relacionado à infecção com o vírus Oropouche.

Doença é transmitida pelo mosquito-polvóra

A infecção causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) é transmitida principalmente pelo inseto da espécie Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias.

No Paraná, os municípios que tiveram casos da doença detectados são Curitiba, com duas confirmações; Adrianópolis, Altônia, Apucarana, Cascavel, Lupionópolis, São José dos Pinhais e União da Vitória, com um caso em cada. Em todos eles, a doença foi contraída em outros estados: Acre, Amazonas, Rondônia e Santa Catarina.

“O Ministério da Saúde nos enviou uma nova nota técnica alertando sobre a disseminação do vírus. Já fazíamos a vigilância laboratorial para febre oropouche, e iniciamos a articulação com os municípios, envolvendo as áreas técnicas específicas”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Laboratório realiza testes frequentes para monitorar casos de oropouche

De acordo com a Sesa, o monitoramento e diagnóstico da doença é feito pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen-PR). Ele foi o primeiro laboratório do país a implantar a testagem das febres dos vírus Mayaro e Oropouche na testagem de rotina.

Atualmente, as amostras são processadas diariamente junto com as demais arboviroses, como a dengue, por exemplo. A testagem frequente possibilita a identificação mais rápida e eficaz das doenças, tão logo surjam no estado, além de auxiliar em futuras ações de bloqueio, caso seja necessário.

Sintomas da doença são semelhantes aos da dengue

Conforme a secretaria, o quadro clínico agudo da doença apresenta, a princípio, sintomas bastante parecidos com os da dengue. Entre eles destaque para febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular, náusea e diarreia. Outros sintomas, como tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia também são relatados.

Já os casos mais graves podem incluir o acometimento do sistema nervoso central, por exemplo de meningoencefalite, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Ainda há relatos de manifestações hemorrágicas.

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