Sobrecarga do sistema de saúde: Curitiba começa plano de contingência; veja
Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (11), a secretária municipal de Saúde, Beatriz Battistella Nadas, informou que a Prefeitura já iniciou um plano de contingência devido a sobrecarga e alta demanda nas Unidade de Pronto Atendimento e hospitais.
Nas últimas semanas, profissionais de saúde e pacientes relataram que as unidades estavam operando em capacidade máxima. “Tem uma escassez de profissional, uma falta de estrutura, que tá complicando o atendimento nas UPAS, nos hospitais que são 60% SUS e filantropia. Então tem falta de profissional, falta de condições de trabalho, tanto médico quanto de profissionais de enfermagem”, disse Isabel Gonçalves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Curitiba e Região (Sindesc).
De acordo com Beatriz, a alta dos atendimentos se deve a quadros respiratórios e de dengue (30%), e também de glicemia, AVC e cardíaco, por exemplo (70%). Para ela, o tempo mais longo no atendimento de pacientes com suspeita de dengue pode estar aumentando o fluxo. Outro fator são a alta de cerca de 10% nas vítimas de acidentes de trânsito, segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, no 1º trimestre de 2024 com relação ao mesmo período do ano passado.
Medidas para amenizar sobrecarga na saúde
Conforme a secretária, a Prefeitura está reorganizando os fluxos de atendimento. “O atendimento ao paciente com suspeita de dengue ele causa maior tempo de atendimento e isso reflete no tempo de espera”, disse ela. Beatriz ressaltou que a equipe busca a “espera segura” e precisa identificar qual paciente “não pode esperar”.
Segundo Beatriz, casos leves são cerca de 70% dos pacientes que procuram a unidade de pronto atendimento e tem uma espera.
Para agilizar o atendimento, as unidades de saúde Boa Vista e Cajuru terão tendas que começam a funcionar nos próximos dias. “Não são a maioria dos casos ainda, isso pode vir a acontecer na evolução das próximas semanas, em razão das mudanças climáticas, mas este fluxo de Covid, respiratório e dengue ficam para as tendas no bairro Cajuru e Boa Vista.
Além disso, todas as unidades vão começar a atuar em atendimento Y – usado durante a pandemia – o que significa que os pacientes serão triados e destinados aos locais específicos. Casos respiratórios e de dengue serão encaminhados a um local e outros casos vão para outro.
Profissionais e leitos
A secretária de Saúde afirmou que será ampliada a carga horária dos médicos das UPAs. As UPAs do município, ainda, poderão ter, quando necessário, parte dos leitos direcionados para internamento hospitalar, funcionando como unidades de retaguarda dos hospitais do SUS Curitibano. Novos leitos também devem ser instalados nos próximos dias.
Ajuda da população
Beatriz ressalta que parte dos atendimentos nos hospitais e UPAS são devido a acidentes de trânsito e dengue. Por isso, ela pede ajuda da população para um trânsito mais responsável e seguro, além dos cuidados para combate ao mosquito da dengue em empresas e residências.
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