Terapeuta dá dicas de como prevenir o Alzheimer e prolongar a qualidade de vida
Neste “Fevereiro Roxo”, a doença de Alzheimer é o foco das campanhas de conscientização. Sendo um problema que provoca a degeneração e a morte das conexões cerebrais, a memória é umas das primeiras perdas enfrentadas pelo portador.
Mesmo ainda sem cura, a terapeuta Syomara Cristina Szmidziuk explica que é possível prolongar a independência do paciente que sofre com o Alzheimer e prevenir possíveis futuros casos a partir de alguns novos hábitos. Segundo a especialista, primeiramente, é importante entender quais são os estágios da doença e o que ela causa.
Conforme explica a terapeuta, quando em fase inicial, surgem alterações de memória, desorientação e até mesmo falhas na linguagem. Após isso, o Alzheimer segue para um período intermediário em que a perda dessas funções se aprofunda, o que afeta a capacidade de planejamento e abstração, além das emoções, personalidade e comportamento social.
Quando a doença atinge o estágio mais avançado, a especialista explica que o paciente tende a passar por incontinência urinária e fecal, convulsões e outras perdas mais severas. Normalmente, quando familiares procuram o consultório, os pacientes já demonstram a perda da capacidade de realizar atividades que ele sempre fez sem dificuldades, como comer e cortar os alimentos, segurar um copo, tomar banho, planejar a roupa que irá vestir, entre outras.
Para que este estágio mais crítico da doença seja adiado, Syomara recomenda que as pessoas procurem viver uma vida em que estejam em dia com as rotinas médicas, na qual, desde muito cedo, ir ao consultório de um geriatra seja algo frequente. Segundo a especialista, isso faz com que seja possível ficar atento a essas e outras patologias.
Ainda conforme a terapeuta, manter uma rotina com:
- Exercícios cognitivos, tais como jogos estratégicos;
- Boas leituras:
- Estar disponível a novos aprendizados para exercitar a memória;
- Exercícios físicos;
- Boa alimentação;
- Evitar o álcool em excesso e o tabagismo;
Estas atitudes podem ser cruciais para garantir a sua qualidade de vida.
Após o diagnóstico
A terapia ocupacional é uma das principais estratégias para tentar prolongar ao máximo a capacidade cognitiva de pessoas já diagnosticadas com a doença de Alzheimer. De acordo com Syomara, através das sessões é possível trabalhar aspectos da vida diária e do pensamento, ao estimular a memória, a atenção e a concentração, seja com jogos ou com a rememoração do passado, entre outros recursos.
“Quanto mais conseguirmos estimular essas capacidades, melhor para o paciente e sua família. Com inúmeros recursos, o objetivo é a manutenção das atividades de vida diária e da inteligência pelo máximo de tempo possível”,
A especialista relembra que, o Alzheimer é um doença que afeta toda a família, por esse motivo a participação familiar é de extrema importância.
“Se faz necessário, que um familiar mais próximo acompanhe nas consultas médicas e terapêuticas, para aprendizado sobre a patologia e como melhor auxiliá-los, assim traçaremos um plano de tratamento único, não só para o paciente, mas para toda a família”,