Tomar até três xícaras de café por dia ajuda a viver mais, diz estudo
Um estudo publicado recentemente no European Journal of Preventive Cardiology, revelou que beber de duas a três xícaras de café por dia está associado a um aumento da expectativa de vida e a risco menor de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, em comparação com pessoas que não consomem ou evitam o produto.
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A pesquisa contou com 449.563 participantes, entre 40 e 69 anos de idade. Todos eles saudáveis, livres de arritmias ou outras doenças do coração. Foram analisadas três tipos de café: moído, instantâneo e descafeinado.
O resultado revelou que todos os tipos da bebida foram associados a reduções equivalentes na incidência de doenças cardiovasculares e morte por doença cardiovascular ou qualquer outra causa, de acordo com o autor da pesquisa, Peter Kistle.
Isso significa que o consumo leve e moderado deve ser considerado um estilo de vida saudável. A menor taxa foi observada em pessoas que consumiam de duas a três xícaras por dia, e os dados mostraram que, em comparação com aqueles que não bebiam café, o produto moído diminui o risco de morte em 27%, o descafeinado em 14% e o instantâneo em 11%.
Consumo excessivo de café
Se o consumo moderado da bebida trazer benefícios à saúde, logo surge a dúvida se o consumo excessivo pode ser prejudicial. Alyne Silva, de 18 anos, é estudante de marketing digital e trabalha em uma clínica odontológica no bairro Fazendinha, em Curitiba.
A jovem contou ao RIC Mais que, em média, toma 15 xícaras de café por dia. “Por conta do trabalho e da rotina de estudo, preciso sempre estar ligada e o café me mantém acordada. […] Se deixo de tomar alguma hora do dia , é certeza que em algum momento antes de dormir irei tomar”, disse Alyne.
De acordo com uma publicação do médico especialista em medicina integrativa, Gary Soffer ao jornal científico Insider, a “cafeína é um estimulante que excita o sistema nervoso, lhe dando energia”. Mas a substância também pode resultar em efeitos colaterais desagradáveis se não houver cautela quanto ao seu consumo, como: dor de estômago, dor de cabeça, aumento da ansiedade, insônia, aumento da frequência cardíaca e até convulsões e paradas cardíacas.
A melhor forma é tentar equilibrar o consumo. Cortar totalmente a ingestão da cafeína pode acarretar sintomas de abstinência. Nesse caso, a redução deve acontecer aos poucos.