Tratamento da depressão pode custar mais caro que quimioterapia
O tratamento de uma depressão resistente (ou refratária), pode custar mais caro do que a quimioterapia.
Conforme o neurocirurgião Wuilker Knoner Campos, além do que o paciente gasta com psicólogo, psiquiatra e remédios, ele também pode partir para a eletroconvulsoterapia (ECT). São de 20 a 40 sessões por ano, ao custo de R$ 2 mil cada. Há a estimulação magnética transcraniana (EMT), os “choques” no cérebro”, também entre 20 a 40 sessões por ano, ao custo de mil a R$ 5 mil cada.
Outra opção é a Cetamina, um medicamento aplicado por inalação, ao custo de R$ 20 mil por sessão. Se o paciente usar todos os tratamentos, como é o caso de alguns, a soma pode chegar a R$ 250 mil por ano, sem contar antidepressivos e consultas.
Campos explica que alguns tratamentos causam muitos efeitos colaterais, como amnésia, sedação prolongada e internações por até 30 dias. Sem contar o estigma da sociedade sobre o paciente que fica internado para “levar choque na cabeça”, os dias que fica sem trabalhar.
Um dos pacientes em que Campos implantou o eletrodo cerebral para depressão tinha constantes amnésias, um dos efeitos colaterais da EMT. “Ele é médico de UTI. Esquecia as doses de remédios, procedimentos, como executar as tarefas na UTI”, explicou Campos. Para estes pacientes, o neurocirurgião indica o implante cerebral, que estimula o nervo vago e melhora até 70% da depressão.
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