Rinite Alérgica: principais sintomas e tratamento com vacina

por Redação RIC.com.br
em parceria com Luana Fogaça
Publicado em 4 out 2019, às 00h00. Atualizado em: 24 set 2020 às 20h48.

Rinite atacada? Não sabe como lidar com as crises? Entenda exatamente o que é essa alergia e como tratá-la!

Mas, afinal, o que é a rinite alérgica (RA)? É uma condição inflamatória comum do trato respiratório superior, característica pelos seguintes sintomas:

  • Congestão nasal;
  • Espirros seguidos;
  • Olhos, nariz, garganta e ouvidos coçando;
  • Lacrimejamento e vermelhidão na face.

A melhor recomendação para quem tem ataques constantes é redução da exposição a alérgenos do ambiente, por exemplo, pelo de animais, ácaro e pólen, comuns na época de primavera.

Remédio para rinite alérgica ou vacina?

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, de 10% a 25% dos brasileiros também passam por isso, e as crises de rinite provocam impactos negativos no dia a dia e na qualidade de vida.

Diante das consequências, que incluem dor de cabeça, baixa qualidade do sono, fadiga e comprometimento da produtividade e das funções cognitivas, fazer um tratamento com vacina de rinite pode ser muito mais eficaz.

Um estudo de 2016 feito na Faculdade de Medicina de Jundiaí (SP) mostrou que os sintomas da rinite desapareceram em 79% das pessoas que testaram o método da vacina.

“No longo prazo, a vacina é muito melhor, porque o medicamento via oral ou spray nasal atuam naquele momento, tiram da crise, mas são uma medicação pontual, não atuam no sistema imunológico igual à vacina”, explica a otorrinolaringologista Milena Costa.

Mas, obviamente, consulte um médico especialista para saber o método adequado para o tratamento da sua alergia, talvez os remédios sejam mais recomendados para determinado caso.

Os corticosteroides intranasais são a classe de medicamentos mais indicados para o tratamento da rinite alérgica.

Vacina é bom para rinite?

A dona de casa Rita Eliana Acerbi da Silva fez o tratamento com a vacina de rinite há 15 anos. Ela tinha uma alergia “que não passava nunca”, principalmente a ácaro.

Após realizar o procedimento, aos 54 anos de idade, ela vive muito melhor. “Posso limpar a casa normalmente que não tenho nada.”

Porém, há alguns grupos nos quais a medicação deve ser evitada:

  • Pessoas que tem asma descontrolada;
  • Portadores de doenças coronárias ou autoimunes.

A precaução é devido a vacina de rinite ser composta pelos próprios agentes que causam a alergia.

Se alguém com uma dessas condições recebe seu “inimigo” no corpo, a resposta pode ser negativa.

“O efeito pode ter risco à vida do paciente”, diz a médica.

Como funciona a vacina

Antes de prescrever a vacina de rinite, o médico faz um teste para saber a quais fatores a pessoa tem resposta alérgica.

Pode ser ácaro, pólen, alimentos, pelo de animais ou fungos, por exemplo.

Além de um exame de sangue, pode-se fazer o teste cutâneo, em que gotas com o alérgeno são depositadas sobre a pele para se verificar a reação.

Com o resultado, é fabricada uma vacina de rinite específica, que vai conter pequenas doses do componente que causa a alergia.

Isso serve para modular o sistema imunológico a fim de que ele “se acostume” com a substância e não reaja de forma inflamatória.

O tratamento, segundo a otorrinolaringologista Milena Costa, incluindo a necessidade de manutenção, pode levar de três a cinco anos, mas pode durar menos também.

Diferença entre rinite e sinusite

A rinite é quando há inflamação da mucosa nasal, causando todos os sintomas descritos no início desta matéria.

Já a sinusite é a inflamação dos seios da face (sinus na origem grego-latina), que são os espaços vazios (ocos) entre os ossos da região da testa e abaixo dos olhos, preenchido também com revestimento mucoso.

Os principais sintomas da sinusite são:

  • Secreção do muco que pode ser claro ou amarelado;
  • Podendo surgir obstrução nasal;
  • Espirros;
  • Fungado e escorrimento;
  • Coceira.

Parecido com a rinite, os dois são causados por irritação das impurezas que respiramos, ou infecção e alergias.

Tanto um quanto outro possui tratamento e, normalmente, são curáveis, mas podem se tornar crônicos se não for tratado adequadamente e no decorrer das crises.