Acidente em Vinhedo é o quarto mais fatal da história do Brasil

Queda do avião que saiu de Cascavel causou a morte de 62 pessoas; relembre outras tragédias semelhantes que abalaram o Brasil

por Luciano Balarotti
Com informações da Agência Brasil
Publicado em 13 ago 2024, às 16h06. Atualizado às 17h03.
POST 12 DE 22

O acidente do voo 2283, que causou a morte de 62 pessoas, entrou para a história da aviação civil brasileira como uma das maiores tragédias já registradas. Contando somente as quedas que ocorreram em território brasileiro, o acidente aéreo em Vinhedo, interior de São Paulo, é o quarto com mais vítimas fatais da história. Entretanto, se forem incluídas as tragédias de voos que saíram do Brasil e se acidentaram no exterior, a queda do avião da Voepass é a sétima mais letal.

Todos os 62 corpos das vítimas da queda de avião são retirados de escombros
O avião transportava 58 passageiros e 4 tripulantes (Foto: Serviço de Comunicação Social da Polícia Federal)

De todas essas tragédias, a de maior proporção é a do voo 447, da Air France, que caiu no Oceano Atlântico, em março de 2009, causando a morte de todos os 228 ocupantes. Além desse acidente, o histórico de desastres aéreos inclui o acidente com o Airbus A320 da TAM, no aeroporto de Congonhas, em 2007, e a queda do voo fretado pela equipe da Chapecoense, na Colômbia, em 2016. Relembre as maiores tragédias da aviação brasileira.

Voo 447 da Air France

No dia 31 de maio de 2009, um Airbus A330 da Air France, que saiu do Rio de Janeiro em direção a Paris caiu no Oceano Atlântico. No acidente, morreram 228 passageiros e tripulantes de 32 nacionalidades, incluindo brasileiros. O avião caiu após pouco menos de quatro horas de voo, a cerca de 1,1 mil quilômetros da costa brasileira.

De acordo com as informações da Agência Brasil, o Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), apontou falhas humanas e técnicas como causas para a queda da aeronave. A principal delas foi uma falha no sistema dos chamados “tubos Pitot”, que permitem medir a velocidade aerodinâmica do avião.

O acidente do voo 2283, que causou a morte de 62 pessoas, entrou para a história da aviação civil brasileira como uma das maiores tragédias já registradas. Contando somente as quedas que ocorreram em território brasileiro, o acidente aéreo em Valinhos, interior de São Paulo, é o quarto com mais vítimas fatais da história. Entretanto, se forem incluídas as tragédias de voos que saíram do Brasil e se acidentaram no exterior, a queda do avião da Voepass é a sétima mais letal.
Avião da Air France caiu no mar (Foto: Divulgação/Força Aérea Brasileira)

Acidente do Airbus da TAM, em Congonhas

O acidente aéreo com mais mortes em território nacional aconteceu no dia 17 de julho de 2007. Naquele dia, um Airbus A320 da TAM teve problemas na hora do pouso, percorrendo toda a extensão da pista do Aeroporto de Congonhas, antes de se chocar contra um prédio de cargas da própria companhia aérea, do outro lado da rua que dá acesso ao terminal de passageiros.

Nesse acidente morreram 199 pessoas, sendo 12 delas em solo. Naquele dia fatídico, a pista estava molhada e, por conta de uma reforma, estava sem as ranhuras que facilitam a frenagem da aeronave, o chamado “grooving” na linguagem da aviação. Além disso, o posicionamento errado dos manetes que controlam a frenagem do avião foi apontado como uma das causas do acidente.

O acidente do voo 2283, que causou a morte de 62 pessoas, entrou para a história da aviação civil brasileira como uma das maiores tragédias já registradas. Contando somente as quedas que ocorreram em território brasileiro, o acidente aéreo em Valinhos, interior de São Paulo, é o quarto com mais vítimas fatais da história. Entretanto, se forem incluídas as tragédias de voos que saíram do Brasil e se acidentaram no exterior, a queda do avião da Voepass é a sétima mais letal.
Avião atingiu prédio da própria companhia (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Colisão de jato executivo com Boeing da Gol

Uma das maiores tragédias aéreas foi provocada por dois pilotos norte-americanos que desrespeitaram as normas da aviação e derrubaram um Boeing 737-800 da Gol, em 29 de setembro de 2006. Joseph Lepore e Jan Paul Paladino pilotavam um jato executivo Legacy, fora da altitude determinada, e atingiram o avião que fazia o voo 1907.

Na colisão, a cauda do jato cortou uma das asas do Boeing, que caiu em uma área de floresta, no estado do Mato Grosso. Todos as 154 pessoas que estavam na aeronave morreram no acidente. Posteriormente, a justiça responsabilizou os dois pilotos do Legacy pelo acidente. No entanto, eles não cumpriram pena porque voltaram para os Estados Unidos. A investigação apontou ainda falhas no trabalho dos controladores de voo que permitiram que os dois pilotos do jatinho cometessem uma série de irregularidades, que contribuíram para o acidente.

Queda do voo Varig 820 na França

Uma das maiores tragédias com um avião de uma companhia brasileira foi a queda do voo 820 da Varig, nas proximidades do Aeroporto de Orly, em Paris, na França. O Boeing 707 se preparava para o pouso no aeroporto, onde faria uma escala antes de chegar a Londres, na Inglaterra, quando foi tomado por um incêndio iniciado em um banheiro.

Devido ao fogo e à fumaça, o piloto realizou uma aterrisagem forçada em um campo de cebolas. Mas, devido à extensão do incêndio, 123 pessoas morreram a bordo e apenas 11 sobreviveram ao acidente.

Queda do voo 402 da TAM

Em 31 de outubro de 1996, o voo 402 da TAM, um avião Fokker 100, caiu logo após a decolagem, no bairro Jabaquara, em São Paulo. O avião deixou a pista do aeroporto de Congonhas e logo perdeu altitude, caindo após voar por menos de dois minutos.

Na queda, a aeronave atingiu dois prédios e sete casas, destruindo completamente alguns desses imóveis. O acidente matou 102 pessoas, sendo que 99 delas estavam no avião e outras três em solo.

Tragédia com a delegação da Chapecoense

O mais recente acidente aéreo de grandes proporções envolvendo brasileiros foi a queda do voo fretado pela Chapecoense. Em 28 de novembro de 2016, o voo da empresa boliviana LaMia, que levava jogadores, comissão técnica e dirigentes da equipe, além de jornalistas, para disputar a primeira partida decisiva da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, de Medellín, caiu sobre um morro, nas proximidades dessa cidade colombiana.

As investigações apontaram que o acidente, que causou a morte de 71 pessoas, foi causado por falta de combustível na aeronave. Apenas seis pessoas sobreviveram: os jogadores Jakson Follmann, Neto e Alan Ruschel, o jornalista Rafael Henzel, a comissária de bordo Ximena Suárez, o técnico de aviação Erwin Tumiri.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!