'Eu quero meu filho', lamenta mãe de adolescente morto atropelado por ônibus
A mãe do adolescente Kristofer Enzo Neves Oliveira, de 15 anos, morto após ser atropelado por um ônibus do transporte coletivo, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, busca por justiça. Na tarde desta terça-feira (8), o programa Balanço Geral mostrou detalhes da investigação sobre o caso, que aconteceu no dia 21 de fevereiro.
Uma nova imagem divulgada pela polícia mostra o momento em que o adolescente se aproxima da traseira do ônibus biarticulado e desloca para a lateral do veículo. Na sequência, um coletivo alimentador ultrapassa o biarticulado e os dois veículos andam juntos. Porém, no registro não é possível ver o que acontece com o rapaz.(Assista abaixo)
Uma testemunha, que não quis se identificar, afirmou que o motorista teria visto Kristofer e, mesmo assim, realizou a ultrapassagem. “Ele teve a oportunidade de parar o ônibus, nem que descesse e falasse para ele sair dali, mas ele não fez isso”, disse.
Uma outra testemunha contou que “viu um assassinato” e afirma que o atropelamento foi premeditado.
Em entrevista a equipe da RICtv, o delegado Wallace de Brito, disse que a manobra realizada pelo motorista foi desnecessária, pois o adolescente estava sob sua visão.
“Pela oitiva até agora das testemunhas e com outros elementos do inquérito nós entendemos que de fato ele poderia ter evitado esse resultado”,
contou Wallace de Brito.
No dia do acidente, o motorista, de 30 anos, em depoimento à Delegacia de Delitos de Trânsito (DETRAN) relatou que viu o ciclista agarrado ao ônibus e que mesmo assim realizou a ultrapassagem pois julgou que daria espaço para passar. O condutor do veículo ainda disse que só parou o transporte após ser avisado do atropelamento pelos passageiros.
De acordo com o delegado, o homem pode responder por homicídio doloso por ter assumido um o risco de produzir este resultado.
Maria de Fátima, mãe do adolescente, diz não ter forças para este momento. “Não consigo mais nada, não consigo comer. Eu quero meu filho”.
“Você que matou meu filho, assassinou meu filho, você não tem filho? E se fosse você? Se alguém fizesse isso com o seu filho?”,
questiona Maria de Fátima.