Familiares de mulher que morreu atropelada a caminho do trabalho pedem justiça
Segundo a família de Ercília Maria Wippel da Silva, que morreu na madrugada de sábado (10), o jovem que dirigia o carro envolvido no acidente apresentava sinais de embriaguez, que não foram confirmados pela polícia
A família de uma mulher de 51 anos, que morreu após ser atropelada na madrugada do último sábado (10), no bairro Mossunguê, em Curitiba, pede justiça. De acordo com os familiares de Ercília Maria Wippel da Silva, o jovem que dirigia o veículo envolvido no acidente apresentava sinais de embriaguez. No entanto, ele não foi submetido ao teste do bafômetro. Uma câmera de segurança registrou o acidente (confira o vídeo logo abaixo).
Nas imagens é possível ver que a vítima do acidente é arremessada para longe. Na sequência, o carro ainda passa por cima dela antes de parar totalmente. Logo em seguida, o marido da vítima, que a acompanhava, se desespera ao ver a esposa gravemente ferida. Ela morreu ainda no local do acidente, antes da chegada dos socorristas.
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Ercília era cozinheira e estava indo para o trabalho no momento do acidente, que aconteceu na Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, uma das vias rápidas da região, um pouco antes das 5h30. Ela foi sepultada no domingo, em clima de grande comoção entre familiares e amigos.
“Meu Deus, eu não me conformo e nunca vou me conformar. Você não imagina o quanto é difícil uma mãe perder uma filha”, conta Mônica Mazai, a mãe da vítima.
Motorista foi liberado sem fazer teste para detectar possível embriaguez
Logo após o acidente, o motorista, um rapaz de 19 anos, foi até a delegacia para prestar esclarecimentos. No entanto, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. Mas os parentes da vítima, que também estiveram na delegacia, afirmam que o jovem apresentava sinais de embriaguez.
Quando a gente chegou lá ele estava junto com o pai dele. E assim que a gente chegou eu já indaguei ele porque que ele recusou o bafômetro. Aí nessa hora que eu perguntei o porque que ele recusou o bafômetro o pai dele já entrou na frente, mesmo ele sendo de maior, podendo me responder. Aí ele falou que poderia ser por ter comido uma fatia de pão e é meio incrédulo isso né, comer uma fatia de pão às 4h30 da manhã de sexta pra sábado. è uma sacanagem falar isso aí para gente. Daí a gente saiu de lá, porque o policial falou pra gente sair para não haver problemas ali. Só que os olhos deles estavam todos vermelhos hora que a gente chegou lá. E aquilo lá não era de choro”, afirma Israel Joaquim da Silva de Lima, sobrinho da vítima.
Delegado afirma que embriaguez não foi constatada pelos policiais
Entretanto, segundo o delegado Edgar Santana, os policiais que atenderam à ocorrência não constataram a embriaguez do motorista.
“Segundo o relato dos policiais militares, ele se recusou a realizar o bafômetro e o policial militar também não observou nenhum sinal típico da embriaguez. O condutor do veículo foi conduzido até a nossa unidade policial e durante o seu interrogatório ele afirmou que passou a noite na residência de um amigo, em uma noite de jogos, e que não consumiu bebida alcoólica ou outra substância psicoativa. E no momento que estava retornando para a sua residência, por volta de 5h30 da manhã, ocorreu o atropelamento. Afirmou ainda que o sinal estava verde para ele, e a vítima teria atravessado a vítima de forma repentina e muito rápida, e ele não conseguiu evitar a colisão”, afirma o delegado.
Que explica porque o jovem foi liberado logo depois de ser ouvido pela polícia.
“Ele permaneceu no local e prestou todo o amparo e assistência necessária. É importante ainda ressaltar que o código de trânsito prevê que aquela pessoa que permanece no local do acidente de trânsito com com vítima e presta todo o amparo e assistência necessária não será preso em flagrante. Isso não significa dizer que ele não vai responder por um procedimento. Um inquérito policial já foi devidamente instalado e vamos tomar todas as providências necessárias para conclusão do feito”, complementa.
Polícia investiga se carro estava acima da velocidade permitida
A investigação da Polícia Civil vai apurar ainda se o jovem trafegava acima da velocidade permitida para o local. Por enquanto, o motorista recebeu uma multa de trânsito por infração gravíssima, de cerca de R$ 2.900 e perdeu a carteira de habilitação.
Assista ao vídeo do acidente:
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