Jovem que atropelou mulher na calçada em Colombo não tem CNH
Um motorista suspeito de atropelar uma mulher de 49 anos em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), se apresentou na delegacia do Alto Maracanã na tarde desta sexta-feira (24). O jovem de 24 anos não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e pegou o carro do pai, informou a Polícia Civil.
O veículo está no nome de Samuel Fernandes, pai do suspeito. O homem alegou que o automóvel estava na garagem do filho e que o rapaz, sem a autorização, pegou o carro para dar carona ao sogro.
“A gente trabalha junto e, devido a minha casa não ter garagem, eu deixo sempre o carro na casa dele. Então, é uma quadra, eu deixo na casa dele, no outro dia eu vou lá para pegar o carro e vamos trabalhar. Infelizmente ele pegou o carro, foi tirar um dinheiro para o sogro e deu no que deu”,
relatou Samuel Fernandes.
O suspeito relatou que o carro tem um problema no banco e faz com que ele perca o equilíbrio. Quando isso aconteceu e ele atingiu a mulher, acreditou que teria na verdade batido em um carro. Sem dinheiro para o conserto, decidiu fugir.
De acordo com o pai do jovem, ele viu o caso no Balanço Geral e resolveu se apresentar à delegacia. “Vamos ajudar o máximo que podemos. A gente é empregado, eu sou pedreiro e ele é ajudante e vamos fazer o que pode. […] Nós não somos foragidos, somos pessoas de bem”. O automóvel foi submetido a uma perícia na tarde desta sexta.
Envolvimento em outro acidente
A Polícia Civil descartou a possibilidade do homem estar envolvido no acidente que aconteceu no dia 7 de julho, também em Colombo. Durante as investigações, os agentes observaram algumas características do veículo e perceberam que, no acidente da vítima de 49 anos, é um Uno vermelho de duas portas. Já no acidente do motociclista, é um Uno vermelho com quatro portas.
Relembre o caso
A vítima, uma mulher de 49 anos, estava na calçada no momento em que foi atingida violentamente pelo condutor do veículo. A situação foi registrada por câmeras de vigilância na noite de 16 de junho.
O marido da vítima afirmou que a mulher foi socorrida e levada para o Hospital Cajuru, onde segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com ferimentos gravíssimos e em coma.
“Pareceu intencional, um louco, completamente louco, tem que ser responsabilizado, pagar pelo que ele fez, aquilo ali foi um crime, desestruturou uma família”,
disse o marido.