Acusado de mandar matar fiscal de postos de combustíveis é preso

por Caroline Maltaca
com supervisão de Rodrigo Sigmura
Publicado em 18 ago 2021, às 16h04. Atualizado às 20h02.

Um dos réus acusados de participar do homicídio do fiscal de combustíveis Fabrizzio Machado, em 2017, quando ele fiscalizava irregularidades em postos de combustíveis na capital paranaense – a Operação Pane Seca – foi preso nesta quarta-feira (18), após o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) emitir um mandado de prisão preventiva. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa de Onildo Chaves Córdova II, que alegou surpresa com o comunicado:

“A defesa técnica de Onildo Chaves de Córdoba II recebe com surpresa a decisão da justiça uma vez que não há fato novo que justifique a medida. A defesa já trabalha para restabelecer sua liberdade”,

informou em nota.

No caso, Onildo e mais três homens foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná pela suspeita de terem matado a tiros o fiscal quando ele chegava em casa, em março de 2017.

Jeferson Rocha da Silva, Patrick Jurczyszyn Leandro e Matheus Willian Marcondes Guedes, foram a júri popular na última quinta-feira (12). Patrick, acusado de ser o autor dos disparos, recebeu pena de 30 anos. Matheus, que teria dirigido o carro que bateu contra o automóvel da vítima, foi condenado a 23 anos de prisão. Jeferson, acusado de intermediar o crime, foi absolvido por clemência.

Onildo, que é suspeito de ter sido o mandante do crime, conseguiu um julgamento separado por ainda ter recursos tramitando em Brasília. Além disso, a defesa explicou que o réu não responde pela qualificadora de vingança, como os demais réus. Entretanto, apesar de ter o júri marcado para outro dia, o acusado foi preso antes do novo julgamento.

De acordo com MPPR, a prisão ocorreu diante de novas provas apresentadas durante o júri dos outros acusados.