por Redação RIC.com.br
com reportagem de William Bittar da RIC Record TV, Curitiba

Um adolescente de 17 anos que matou uma criança de 6 anos, em 2016, tentou assassinar a própria namorada na última segunda-feira (28). De acordo com a polícia, além desses crimes, ele também já estuprou uma prima de 11 anos.

A jovem de 18 anos, que prefere não se identificar, conta que por várias vezes tentou colocar um fim no relacionamento abusivo, mas nunca conseguiu devido ao comportamento descontrolado do namorado

“Eu nunca consegui terminar com ele, ele sempre vinha atrás me ameaçar e sempre tentei separar dele por internet porque ele sempre foi muito agressivo. Até mesmo a família dele sabia disso, a mãe dele falou para mim, mas ele não deixava. […] Uma vez ele chutou minha cara e me transformou totalmente, não dava nem para me reconhecer, eu tava toda roxa”, disse a garota. 

Cansada de sofrer violência física e psicológica, ela decidiu tentar mais uma vez e, mais uma vez, o pedido para terminar o namoro resultou em agressões e ameaças. A garota explica que depois de enviar várias mensagens de áudio, o adolescente foi até a sua residência e permaneceu no local gritando por quase duas horas. Foi então que ela acabou cedendo e resolveu conversar com ele nas proximidades de casa. Mas assim que chegou ao local, o rapaz começou a espancá-la e dizer que iria tirar sua vida.

“Ele começou a me xingar de vagabunda, de gorda, de feia. Aí, pegou meu pescoço, mordeu meu rosto, fechou os dedos na minha garganta até eu começar a me engasgar com a própria saliva. Ele olhava para mim e falava ‘você acha que eu não tenho coragem de te matar aqui na rua. Eu tenho. Eu não tenho medo de polícia, não tenho medo de família, não tenho medo de ninguém”, lembra. 

Só não aconteceu o pior porque a avó da jovem percebeu que havia algo errado, correu até a rua e flagrou o jovem tentando matá-la.

“Corri lá, chamei ela, ela estava toda ensanguentada. Aí, nisso ele veio, pensei que iria me pegar, mas ficou me olhando e passou direto”, conta a idosa sobre o momento em que salvou a neta. 

A menina registrou um boletim de ocorrência contra o rapaz e o caso segue sob sigilo na Delegacia do Adolescente. Enquanto isso, conforme a vítima, ele foi enviado pela família para outro estado, onde está escondido na casa de parentes.

Criança de 6 anos assassinada 

O caso da criança de 6 anos assassinado pelo adolescente aconteceu na tarde de 19 de janeiro de 2016. Na ocasião, Luiz Gabriel da Silva saiu para brincar com os amigos na rua, desapareceu e seu corpo foi encontrado durante a noite. Foram imagens de uma câmera de segurança que ajudaram a polícia esclarecer o crime, o jovem – na época com 12 anos – foi filmado com a vítima

De acordo com a mãe de Gabriel, na delegacia, o menor de idade confessou o assassinato e deu detalhes sobre o homicídio que havia cometido

“Chamaram ele para dar depoimento na delegacia e ele confessou que ele chamou o Gabriel para brincar, o Gabriel não quis dar o estilingue que ele queria, aí ele levou o Gabriel até o mato, bateu bastante, machucou bastante o rosto dele, cabeça, tudo. E pegou e asfixiou o Gabriel”, explica emocionada. 

Cinco anos depois, a mulher ainda precisa de acompanhamento psiquiátrico devido ao trauma e lembra que as palavras de uma psicóloga que acompanhou a situação.

“A psicóloga me disse ‘Mãe eu sei que é doído para você, mas se acalme, pode passar quatro, cinco, dez anos, um dia lá na frente você saber outro fato que ele fez novamente’. Porque dizem que ele tem a procedência de ser que nem aquele ‘maníaco do parque’, sabe”, finaliza. 

Assista à reportagem completa: 

1 out 2020, às 16h30. Atualizado às 16h53.
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