Advogado quer garantir posse de suplente preso suspeito de morte de vereador eleito

O advogado José Valdecir de Paula, que representa Odair José Carvalho da Silva e Douglas Carvalho da Silva, suspeitos de matar o vereador eleito em Salto do Itararé, João Garré (União Brasil), disse nesta quarta-feira (20) que vai tomar providências para garantir posse de Odair como vereador em janeiro de 2025, na vaga que seria da vítima.

A defesa do suplente alega que não teve acesso aos autos do inquérito, para que as medidas de defesa sejam tomadas. O advogado afirmou também que pediu prioridade na liberação de Odair e Douglas, alegando que os clientes não têm envolvimento na morte do vereador eleito.

“São duas pessoas primárias, em especial o vereador, que mora na comarca, trabalha na ambulância há mais de 15 anos, é vereador, não precisava fazer todo esse alvoroço e decretar a prisão de uma pessoa de bem. Seu filho também é trabalhador. Demonstraremos no processo. Essa prisão, na minha humilde opinião, foi decretada muito às escondidas. E aí penso, por que até agora eu não tivesse essas informações? Porque certamente, quando eu tiver acesso às informações, eu entrarei com pedidos pertinentes, seja ao juiz local, ao tribunal de justiça. E se preciso for, eu vou à Brasília”, disse o advogado.

Suplente é preso suspeito de mandar matar vereador eleito com diferença de 4 votos

Os homens detidos são pai e filho: Odair José Carvalho da Silva e Douglas Carvalho da Silva. Odair, que também é conhecido como Nenê da Ambulância, participou das eleições municipais e não foi eleito por uma diferença de apenas quatro votos.

João Garré e Nenê da Ambulância pertencem ao mesmo partido, o União Brasil. Nas eleições de outubro, João conquistou uma cadeira na Câmara Municipal de Salto do Itararé após receber 133 votos. Já Nenê da Ambulância ficou como primeiro suplente com 129 votos, apenas quatro a menos que o concorrente de sigla.

Nesta semana, a Polícia Civil do Paraná realizou a prisão de Nenê da Ambulância e do filho por suspeita de envolvimento na morte do vereador eleito. Informações preliminares apontam que o filho de Nenê teria contratado atiradores para a execução de João Garré, que aconteceu no dia 9 de novembro. 

Os suspeitos de executarem João Garré eram de Curitiba e morreram em um confronto com a Polícia Militar da capital, após o assassinato no Norte Pioneiro do Paraná. Nenê da Ambulância e o filho foram presos em São José dos Pinhais e estão à disposição da Justiça.

Quem era o vereador eleito

João Garré foi eleito com 133 votos no dia 6 de outubro deste ano. Ele foi o nono mais votado no pleito municipal. Moradores relataram nas redes sociais que ele era figura presente na política local e tinha experiências como assessor parlamentar. “Estava sempre disponível para a comunidade”, escreveu um homem. 

O vereador eleito foi morto aos 67 anos. Ele foi atingido por pelo menos quatro disparos de arma de fogo ao chegar na casa de familiares durante a madrugada. O crime aconteceu no município de Santana do Itararé, cidade vizinha de onde Garré foi eleito. 

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