Animais silvestres eram vendidos por R$ 20 mil por grupo alvo de operação no PR e SC

por Guilherme Fortunato
com informações de Beatriz Frehner, da RICtv
Publicado em 26 fev 2024, às 11h31. Atualizado às 11h33.
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O grupo investigado por tráfico de animais silvestres é considerado uma das maiores organizações criminosas do Brasil, segundo a Polícia Civil. A quadrilha é alvo de uma operação realizada no Paraná e Santa Catarina na manhã desta segunda-feira (26).

Segundo as investigações, os suspeitos são especializados na venda de répteis, mas também vendiam aves e mamíferos. Aves como azulão e trinca ferro que chegaram a ser vendidas por R$ 20 mil a unidade.

Além disso, uma cobra corn snake exótica, poderia ser comercializada a R$ 50 mil a unidade, conforme divulgou a polícia em entrevista coletiva.

O grupo é composto por membros especializados em capturar e outros na venda. Eles oferecem os animais através de aplicativos de mensagens, como se fosse uma central de vendas, de acordo com a polícia.

Ao todo, foram expedidos 11 mandados de prisão. No Paraná, oito pessoas foram presas, além de uma em Joinville, cidade de Santa Catarina. Outros dois suspeitos com mandado em aberto seguem foragidos.

Suspeitos usavam anúncios para venda dos animais

As investigações começaram em junho de 2023, para apurar o tráfico de animais silvestres e exóticos em todo o Brasil por aplicativos de mensagens e entrega pelos Correios. A polícia apurou que os suspeitos chefiavam 27 grupos de aplicativos de mensagens destinados exclusivamente ao tráfico de animais.

Além disso, eles integravam dezenas de outros grupos que continham mais de 20 mil membros em todo o território nacional, com conexões internacionais no Paraguai e Venezuela.

Os mandados são cumpridos em Curitiba, Araucária, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Matinhos, Colombo e Campina Grande do Sul. Em Santa Catarina, a ação acontece em Joinville.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos anúnciavam a venda dos animais pelas redes sociais e aplicativos, exclusivos para o comércio ilegal. Os valores eram transferidos por contas de laranjas e as entregas eram feitas por aplicativos de transporte.

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