Caso Sara: Acusado pelo estupro e feminicídio de enteada de 9 anos será julgado em Londrina
O réu Sandro de Jesus Machado, acusado por estupro de vulnerável e feminicídio de sua enteada Sara Manuele Silva, que tinha apenas 9 anos, será julgado a partir das 9h desta quinta-feira (29) no Tribunal do Júri em Londrina.
A criança foi encontrada morta e com sinais de estupro em um matagal perto de sua casa, segurando uma nota de cinco reais. De acordo com informações do Ministério Público, Sandro já teria abusado sexualmente da menina por diversas vezes e a matou para encobrir os crimes sexuais que cometeu. Ele afirmou que estava embriagado e sob efeito de cocaína e que por isso matou a vítima.
Para Néias, o Observatório de Feminicídios de Londrina, o caso de Sara expõe a invisibilização das meninas em situação de violência, que se evidencia até mesmo na ausência de dados estatísticos e específicos sobre o problema. “Muito embora a escola tenha percebido mudanças no comportamento de Sara, o acolhimento recebido não foi suficiente para evitar sua morte”, destaca o informe do observatório.
Entenda o caso
No dia 21 de julho de 2019, Sara Manuele da Silva, com apenas 9 anos, foi encontrada morta com marcas de esganadura, sem roupas da cintura para baixo, num fundo de vale, com cinco reais na mão e um preservativo usado ao lado de seu corpo.
Sandro de Jesus Machado, com 25 anos na época do crime, padrasto de Sara, é acusado pelo Ministério Público de ter estuprado e matado a menina, sob a justificativa de impedi-la de contar sobre o abuso a outras pessoas.
Após ser preso e no decorrer do processo foram apurados indícios de que o acusado já teria abusado sexualmente por diversas vezes da enteada, antes do crime de feminicídio.
Sandro e a mãe de Sara mantinham uma união estável, têm dois filhos juntos e começaram a se relacionar quando a menina tinha 2 anos de idade.