Amanda Albach é sepultada em Fazenda Rio Grande, na Grande Curitiba
Amanda Albach da Silva foi sepultada no Cemitério Municipal de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, no fim da manhã deste domingo (5). O corpo da jovem de 21 anos foi encontrado enterrado na praia de Itapirubá, em Imbituba, litoral de Santa Catarina, na última sexta-feira (3).
Amigos e familiares prestaram as últimas homenagens a Amanda, que desapareceu por quinze dias após participar de uma festa em Florianópolis, na capital catarinense. Três pessoas, entre elas uma amiga da vítima, estão presas por participação no crime.
O corpo da paranaense foi liberado pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Santa Catarina, no sábado (5), depois que um familiar foi até o município para fazer o reconhecimento.
Entenda o Caso Amanda Albach
Na última vez que Amanda Albach foi vista com vida, ela participava de uma festa em Jurerê Internacional, bairro nobre da capital catarinense, no dia 14 de novembro. Na noite de 15 de novembro, por volta das 20h30, ela mantou uma mensagem para a família, informou que retornaria para casa com um carro de aplicativo e chegaria durante a madrugada.
Com o passar das horas e a falta de contato de Amanda, familiares registraram o boletim de ocorrência pelo desaparecimento na Delegacia de Fazenda Rio Grande. À polícia, a mãe da garota informou que ela havia relato que iria viajar para aproveitar o Feriadão da Proclamação da República na casa de uma amiga e participar da festa.
Quase dez dias após o sumiço, em 23 de novembro, a RICtv conseguiu contato com o casal Daiane e Douglas – agora preso – que havia hospedado Amanda em sua residência localizada na divisa entre Imbituba e Laguna. Os haviam ficado incomunicáveis nos dias seguintes ao sumiço da jovem. Na ocasião, Daiane declarou que seu celular quebrou e somente por isso ninguém conseguia entrar em contato com ela.
Além disso, Daiane ainda confirmou que esteve com o namorado, um cunhado e Amanda na festa, que todos retornam para casa e no dia 15 pela manhã, ela deixou a paranaense em uma rua de Imbituba, onde ela havia marcado para pegar o carro de aplicativo.
Ela chegou no sábado a noite e domingo de manhã a gente se arrumou para ir para a festa, domingo a noite a gente retornou para casa e segunda-feira de manhã ela foi embora. […] A gente se deu thau e ela ficou lá num ponto, num mercado, onde os carros pegam os passageiros. Como eu tinha compromisso, eu deixei ela lá e ela ficou aguardando”,
disse Daiane.
Uma outra amiga que encontrou Amanda durante a festa também conversou com a RICtv, segundo a jovem identificada apenas como Beatriz, a vítima estava se relacionando com o cunhado de Daiane. “A gente não conversou nada profundamente, coisas comuns. Ela estava acompanhada da Daiane, Douglas e o irmão do Douglas, que supostamente estava se relacionando com a Amanda naqueles dias”, contou Beatriz.
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Durante a investigação, a Polícia Civil de Santa Catarina colheu os depoimentos de Daine, Douglas e do irmão e identificou “incongruência em falas”. Em 2 de dezembro, o trio foi preso em Canoas, no Rio Grande do Sul. Um dia depois, um deles apontou o lugar onde havia enterrado o corpo de Amanda, a vítima foi encontrado em uma cova rasa na praia.
Cavou a própria cova
De acordo com o delegado Bruno Pereira Fernandes, da delegacia de Laguna, Amanda foi até Santa Catarina principalmente para comemorar o aniversário de Daiane, da qual se tornou amiga quando a mulher morou em Fazenda Rio Grande.
No dia 14, Amanda e os três suspeitos participaram da festa em Jurerê Internacional, bairro luxuoso da capital catarinense, onde teria ocorrido parte da confusão que resultou no crime. Douglas, que confessou a execução da jovem, disse à polícia que Amanda percebeu que ele portava uma arma, tirou uma foto e mandou para alguns amigos. No entanto, ele flagrou a ação, tomou o celular da vítima e visualizou mensagens onde os amigos já perguntavam do que se tratava a imagem. Além disso, ela também teria comentado com terceiros sobre o possível envolvimento dele com o tráfico de drogas.
“A motivação vai ser apurada com todo o contexto, mas, preliminarmente, um dos investigados se sentiu incomodado porque Amanda teria contado sobre o envolvimento dele com tráfico de drogas e tirado uma foto da arma dele. Não gostou da situação e optou por tirar a vida dela”,
disse o delegado durante coletiva de imprensa.
Irritado com a situação, todos voltaram para a residência do casal e Amanda foi mantida em cárcere privado por cerca de 12 horas. Já na noite do dia 15, armado com uma pistola calibre 9 milímetros, Douglas levou a jovem até a praia, a obrigou a cavar a própria cova e a mandar a mensagem para a família sob a mira da arma de fogo, desferiu dois tiros contra a vítima, cobriu a vala e foi embora.