Amanda Albach já teve dois irmãos executados por traficantes

por Giselle Ulbrich
com informações de Daniel Santos, da RICtv
Publicado em 3 dez 2021, às 20h16. Atualizado às 21h22.

A família da jovem Amanda Albach, 21 anos, que foi encontrada morta numa praia de Imbituba (SC), nesta sexta-feira (03), já teve outra tragédia em sua história. Em 2010, os irmãos de Amanda, Francieli Albach de Souza Silva, na época com 23 anos, e o irmão delas de 11 anos, foram executados a tiros por traficantes em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba.

Francieli estava no sofá de casa quando traficantes invadiram o local, que ficava na invasão da Sapolândia, no bairro Gralha Azul, e a mataram. O irmão mais novo dela, de 11 anos, estava num quarto dormindo. Seria a primeira vez que ele passava a noite na casa da irmã. Mas deve ter acordado com os tiros e o barulho que ele fez no quarto atraiu a atenção dos marginais, que invadiram o local e excutaram o menino com dois tiros na nuca. O filho de Francieli, de 3 anos, foi poupado.

Darcilma, mãe dos jovens, está inconsolável e à base de remédios.

“Ela nem superou o de antes (a execução dos filhos em 2010) e agora isso”,

contou o irmão mais velho ao repórter Daniel Santos, no Cidade Alerta Paraná.

Crime

Amanda saiu de casa em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, no dia 14 de novembro, para ir a festa de aniversário em Jurerê Internacional, na capital catarinense, local que ela esteve no dia anterior, a trabalho. Ela chegou, dormiu na casa de amigos que conheceu em Fazenda Rio Grande e foi à festa no dia seguinte. A confusão teria ocorrido na festa.

Amanda viu que um de seus amigos, Douglas, portava uma arma. Então tirou foto do objeto e mandou a alguns amigos. Douglas notou a atitude e tomou o celular dela. Começou a ver os contatos no Whats App e os amigos dela já perguntando do que se tratava aquela arma.

Conforme o delegado Bruno Fernandes, de Laguna (SC), Douglas ficou bravo, manteve Amanda por cerca de 12 horas em cárcere privado, na sua casa, até que a levou à praia de Itapirubá, em Imbituba (SC). Com uma pistola calibre 9 milímetros apontada à cabeça, a jovem foi obrigada a cavar a prória cova. Antes de executá-la, Douglas ainda a fez mandar um áudio para a família, informando que já estava pegando um carro de aplicativo para voltar e que de madrugada já estaria em casa. Em seguida, a executou e a enterrou.

Além de Douglas, o irmão dele e a esposa, Daiane, foram presos na quinta-feira (02) em Canoas (RS). Eles foram levados à delegacia de Laguna (SC), onde confessaram o crime e Douglas indicou onde estava o corpo.