Caso Amanda Albach: trio é indiciado por cárcere, tortura e homicídio

por Redação RIC.com.br
com informações do ND+
Publicado em 2 fev 2022, às 22h03. Atualizado às 22h16.

Os três envolvidos no assassinato de Amanda Albach, de 21 anos, foram indiciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pelos crimes de cárcere privado, tortura, homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver. A denúncia foi entregue à Justiça de Imbituba, no sul catarinense.

A jovem era moradora de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, e foi morta quando passava o fim de semana do feriadão da Proclamação da República em Imbituba, Santa Catarina, na casa de uma amiga

O MPSC, responsável pela denúncia, pediu ainda para que os réus vão à Júri Popular e impôs uma indenização aos “herdeiros da vítima”. Amanda tinha uma filha de dois anos. 

A defesa dos acusados – Douglas e Victor Straccioni da Silva e Daiane Mayara Pasqual – informou por meio de nota que “já está tomando as medidas judiciais cabíveis”. Os advogados alegam que houve irregularidades quanto à quebra do sigilo telefônico dos três durante as investigações.

Desaparecimento

A última vez que Amanda Albach da Silva foi vista com vida, ela participava de uma festa em Jurerê Internacional, bairro nobre da capital catarinense, no dia 14 de novembro. Na ocasião, a jovem informou aos seus familiares por telefone que retornaria para o Paraná com um veículo de aplicativo e chegaria durante a madrugada.

Com o passar das horas e a falta de contato de Amanda, familiares registraram o boletim de ocorrência pelo desaparecimento na Delegacia de Fazenda Rio Grande. À polícia, a mãe da garota informou que ela havia relato que iria viajar para aproveitar o Feriadão da Proclamação da República na casa de uma amiga e participar da festa.

Quase dez dias após o sumiço, em 23 de novembro, a RICtv conseguiu contato com o casal Daiane e Douglas – agora está preso – que havia hospedado Amanda e ficado incomunicável nos dias seguintes ao sumiço da jovem. Na ocasião, Daiane declarou que seu celular havia quebrado e somente por isso ninguém conseguia entrar em contato com ela.

Amanda chegou a ser considerada desaparecida por 18 dias, depois que sua amiga e, atualmente, ré no processo informou que havia deixada a jovem em um local para voltar de carona para o Paraná. Na sequência, o casal Douglas e Daiane e o irmão de Douglas, Victor, passaram a ser suspeitos e, finalmente, no dia 3 de dezembro, o corpo foi localizado na praia do Sol, em Laguna, após eles levarem a polícia até o local.

Investigação

De acordo com a investigação, após os quatro retornarem da festa em Jurerê para a casa dos acusados em Laguna, já no dia 15, Amanda foi mantida em cárcere privado, pois os acusados passaram a desconfiar que ela teria envolvimento com uma facção criminosa e estaria armando uma emboscada para eles. Por cerca de oito horas, os réus a ameaçaram com armas de fogo e torturam psicologicamente para que ela confessasse sobre a suposta armadilha.

Na sequência, Amanda foi amordaçada, levada até a praia, forçada a cavar a própria cova e ligar para a mãe, relatando que logo estaria em casa, antes de ser assassinada com um tiro na cabeça.

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