Familiares da jovem grávida morta em Bandeirantes falam sobre prisão do namorado
A família da jovem Larin Kathleen Oliveira da Silva, de 22 anos, que foi encontrada morta em uma estrada rural de Bandeirantes, no norte do Paraná, na noite da última segunda-feira (15), se manifestou após a prisão do namorado da vítima, principal suspeito do crime.
Em entrevista exclusiva à equipe do Balanço Geral de Londrina, os familiares da jovem relataram a certeza que Fernando Amaro, de 24 anos, teria cometido o crime e não estaria sozinho.
“Ele tirou duas vidas na pura crueldade. Voltar, nunca mais ela volta, mas a gente fica aliviado, porque agora nós queremos justiça, agora ele está na cadeia. A gente clama por justiça”,
diz Patrícia da Silva, prima da vítima.
Justiça com as próprias mãos
A prisão de Fernando Amaro foi marcada por cenas de violência. Familiares e amigos da jovem estavam fazendo uma passeata no final da tarde desta quarta-feira (17), em Bandeirantes, no norte do Paraná, quando um dos participantes reconheceu o jovem que estaria no escritório do seu advogado e o arrastaram para a via, onde foi agredido. Foram os familiares da vítima pediram para que as agressões contra o suspeito fossem cessadas.
“Bateram nele, tentaram contra a vida dele. Ele estava do meu lado, eu e minha mãe pedimos ‘pelo amor de deus’ para eles não matarem ele, porque a gente precisava dele vivo. Sabemos que através dele vão surgir os outros que também estavam nesse local, o que fizeram com a minha irmã, com essa crueldade, a gente quer justiça. A gente sabe que isso vai adiante, mas eu creio que outras pessoas vão aparecer sim, sozinho ele não fez. Minha irmã era muito forte, eu creio que ela lutou, ela lutou tanto pela vida dela, quanto pela do filho dela”,
relatou Luiz Eduardo de Oliveira, irmão de Larin.
A família não tem dúvidas que Fernando Amaro seja o autor do crime, pois o rapaz não queria assumir o filho que Larin estava esperando. O suspeito chegou a dizer que era estéril, mesmo tendo engravidado a jovem no começo do namoro, quando ela fez seu primeiro aborto.
“Não tem como ter dúvida, ele já tinha dito que comprou o remédio que não podia usar na gravidez, ele queria que ela abortasse a criança. Depois a cena que chega dela já com a barriga aberta, fica muito esclarecido”,
disse Larissa de Oliveira, irmã da Larin.
A família da vítima não era próxima de Fernando, mas Larissa de Oliveira, irmã de Larin, chegou a falar com ele. “A minha família não tinha relação com ele, eu já cheguei a conversar com ele, teve uma noite que a gente saiu até pra comer lanche e ele falava pra mim que ele era uma pessoa muito boa, começou a falar que ele era humilde. Até então desse acontecido, ele foi lá no sábado, no meu serviço, pegou na minha mãe e disse que ele jamais faria, ou mandaria fazer alguma coisa contra a vida da Larin, mas eu não tinha convívio com ele”, contou ela.
Larissa ainda suspeita que o rapaz não teria cometido o crime sozinho e acredita que ele possa ter atraído Larin para uma emboscada.
“Pode ser que ele sim chamou ela, porque ela só iria se fosse ele, é certeza, mas sozinho ele não fez […] Foi dito com a própria boca dele que ele queria que ela perdesse, que tirasse o bebê, porque ia atrapalhar ele na vida dele, a gravidez dela”,
contou Larissa.
“Ele vai pagar por tudo, porque ele acabou com a minha família, tirou duas vidas, ele tem que pagar, porque como que uma pessoa dessa fica solta tirando duas vidas até mesmo do filho dele, não tem o que esperar dele, ele é um monstro”, desabafou Larissa.
Relembre o caso
Larin desapareceu na última sexta-feira (12). A jovem estava grávida de três meses, uma gestação que, de acordo com áudios enviados a uma amiga, era indesejada por Fernando, seu namorado e principal suspeito do crime.
Na noite de segunda-feira (15), o corpo da jovem foi encontrado por um morador em uma estrada rural. O abdômen estava aberto mas ainda não se sabe a causa da morte. A família identificou o corpo que foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Jacarezinho, onde permanece para a realização de exames.