Filha suspeita de matar a mãe no PR diz que levou choque de taser e alega legítima defesa
A jovem de 26 anos suspeita de matar a mãe, Doraci Kanayama, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, alegou em depoimento à polícia nesta sexta-feira (10) que deu facadas na vítima por legítima defesa. Segundo a suspeita, ela estava sendo agredida e teria tomado a faca da mão da mãe antes de desferir os golpes. A jovem foi presa em Curitiba menos de 12 horas após o crime.
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Ao ser interrogada na delegacia de Ponta Grossa, a suspeita afirmou que tem bipolaridade e borderline, transtornos de personalidade, e que preferia morrer no lugar da mãe, já que sempre dependeu dela. “Ela pelo menos era feliz”, contou à delegada. A filha disse que chorou muito ao saber que a mãe não tinha resistido e que pegou a arma da mão dela pois estava sendo atacada.
“Eu estava em casa, aí ela chegou e eu disse “será que eu já posso ter meu celular de volta?”, aí ela falou “não sei, vamos conversar”, daí nisso ela foi e pegou a máquina de choque no quarto dela, daí começou a me dar várias ‘laserzadas’, não sei como que chama. Aí eu falei “para, para”, e ela não parava, tentei tomar dela. No que eu tomei dela, ela pegou uma faca, só que daí eu tomei a faca da mão dela”, descreveu a suspeita. Mãe e filha moravam juntas.
Ao ser questionada sobre a quantidade de golpes que deu na mãe, a suspeita afirmou não se lembrar. Ela contou ainda em depoimento que ficou nervosa quando o irmão chegou em casa e flagrou a cena, e que tentou fazer massagem cardíaca em Doraci. No entanto, o irmão teria mandado que ela se afastasse, a puxou pelo cabelo e a espancou. A jovem fugiu para Curitiba e foi encontrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campo Comprido, a procura de atendimento médico. Ela deu nome e endereço falsos, mas acabou sendo detida.
Ainda, a suspeita mostrou ferimentos na mão, que ela afirmou serem cortes de faca feitos pela mãe, e mordidas. A jovem pode responder por feminicídio. Ela recebeu atendimento na UPA, foi levada para um hospital de Curitiba e, em seguida, para a Central de Flagrantes da capital e, depois, para a delegacia de Ponta Grossa.