Guarda municipal suspeito de assassinato em bar de Curitiba é preso
Foi preso, nesta terça-feira (21), o guarda municipal que confessou ter atirado contra duas pessoas em um bar no bairro Pilarzinho, em Curitiba. Uma das vítimas, Adriano Honorato Moraes, de 41 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local, no dia 16 de junho. Já David Dias Coutinho, dono do estabelecimento, foi baleado e teve ferimentos graves.
O suspeito foi encaminhado para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pela Corregedoria da Guarda Municipal. O agente foi preso preventivamente, em cumprimento a um mandado judicial. A delegada responsável pelo caso, Tathiana Guzella, afirmou que a Polícia Civil entendeu que, como tinha pleno conhecimento da lei e, mesmo assim, disparou no bar, o guarda municipal pode ser considerado ‘perigoso’.
“Uma pessoa que tem o dever de proteger, que fez um juramento de servir e proteger o cidadão, usando a arma do Estado, que recebeu para esta proteção, poderia ter menos periculosidade, mas muito pelo contrário. Nós entendemos, e assim entendeu também o próprio Ministério Público e a juíza, a magistrada que efetuou a prisão a nosso pedido, também entenderam que no sentido de que a periculosidade de uma pessoa, a consciência potencial da ilicitude de que essa pessoa tem do crime, uma pessoa que estudou a legislação, que aplica a legislação no seu cotidiano, sem dúvida nenhuma feriu a ordem pública da sociedade”,
justificou a delegada.
Na tarde desta terça-feira, a vítima que sobreviveu aos disparos, David, foi até a delegacia de deu depoimento à polícia. “Eu me posicionei como proprietário do bar, pedi para todo mundo se retirar, para parar. Eu pedi para todo mundo correr, onde ele efetuou os disparos”, contou a vítima.
Ainda, David relatou à delegada que o suspeito teria dado um tapa no rosto de uma funcionária do bar e ainda quebrado uma vidraça do estabelecimento, dando uma coronhada com a arma da corporação da GM. Com os novos fatos, a Polícia Civil vai verificar os crimes de lesão corporal e dano contra o agente.
O guarda municipal já havia se apresentou à polícia no dia seguinte ao crime, no dia 17 deste mês, mas foi ouvido e liberado. No dia 18, o suspeito voltou para a delegacia e entregou a arma usada no homicídio.