Polícia investiga envolvimento de outras pessoas em morte de líder comunitária

por Daniela Borsuk
com informações de Tiago Silva, da RIC Record TV Curitiba
Publicado em 18 nov 2021, às 13h38.

Uma operação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Paraná, realizada na manhã desta quinta-feira (18), no bairro Caximba, em Curitiba, apreendeu documentos e celulares na casa da mãe de Alexsandro Machado Fragoso. Fragoso foi preso em agosto suspeito de ter executado a líder comunitária Fabíola do Rocio Rebouças. O crime foi registrado no dia 28 de abril deste ano, mas mesmo com a prisão do principal suspeito as investigações ainda não encerraram.

A Polícia Civil acredita que outras pessoas possam estar envolvidas com o assassinato da líder comunitária. O delegado responsável pelo caso, Victor Menezes, irá analisar os conteúdos encontrados nos documentos e celulares apreendidos na operação, para desvendar mistérios que, até agora, não foram resolvidos. Entre eles está a real motivação do assassinato de Fabíola, já que Fragoso optou por ficar calado em seu depoimento e apenas negou a participação no homicídio.

A polícia afirmou também que esperava pela colaboração da população após a prisão de Fragoso, considerado um homem perigoso, mas que as principais testemunhas da morte de Fabíola ainda estão sendo ameaçadas. No entanto, apesar do mandado de busca e apreensão ter sido cumprido na casa da mãe de Fragoso, ela ainda não é uma suspeita. A mulher, inclusive, também era líder comunitária no bairro e amiga de Fabíola. Na época do assassinato, ela chegou a dar entrevista falando que esperava que o responsável pela execução fosse detido.

Relembre a morte de Fabíola do Rocio

A líder comunitária foi assassinada a tiros no dia 28 de abril deste ano, enquanto estava em uma cozinha beneficente do Caximba. As informações são de que um homem invadiu o local, mandou Fabíola ajoelhar e a matou a tiros.

De acordo com moradores do bairro, a líder comunitária dedicava a vida para ajudar as pessoas necessitadas. Ela acordava cedo todos os dias e arrecadava alimentos para distribuir cerca de 300 refeições diárias a quem não tinha o que comer. Entre as várias ações que já coordenou para a melhorar a vida de quem mora no local, que já foi área de ocupação, também está a criação de um horta para todos.