Suspeito de matar servidor público a marteladas em encontro amoroso irá a júri

O caso da morte do funcionário do Hemepar Ronieverson Pedroso Lopes, de 36 anos, registrada em agosto de 2023, ganhou um novo capítulo nesta semana. Após denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), o suspeito, que confessou o crime aos policiais, sentará no banco dos réus durante júri popular.

O réu confesso é Lucas, de 21 anos. O jovem revelou em depoimento que conheceu Roni em um aplicativo de relacionamento, porém, teve um desentendimento no segundo encontro, quando contou ao servidor público que era casado com mulher.

“Ele veio pra cima de mim. Neste momento eu consegui empurrar ele, peguei a arma do crime, o martelo. Ele me agarra pela cintura e me derruba na cama e eu desferi golpes nele. Bati até ele me soltar”, contou Lucas.

Segundo o réu, a briga começou após ele confessar que mantinha outro relacionamento. Após perceber que Roni estava morto, o suspeito colocou o corpo em uma mala e abandonou em uma área de mata, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

Três dias após o crime, a equipe de investigação chegou até Lucas após analisar trocas de mensagens feitas pela vítima. O jovem confessou o assassinato e indicou o local onde estava o corpo. 

O MPPR denunciou o réu por homicídio com três qualificadoras, entre elas homofobia. No depoimento, Lucas confessou ser bissexual. A defesa do réu prepara a tese para o júri e espera inocentar o rapaz.

“Nós acreditamos que além da tese de legítima defesa haverão outras questões principalmente no combate às qualificadoras para poder afastá-las, para que não haja excesso acusatório”, comentou o advogado Rodrigo Cunha.

A data do júri popular ainda não foi definida.

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