Megaoperação prende 6 pessoas em São Paulo e Paraná envolvidas nos ataques a Guarapuava
Mais de 500 policiais saíram às ruas para cumprir 74 ordens judiciais, entre mandados de prisão e busca e apreensão, em 19 cidades do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A megaoperação prendeu seis pessoas no Paraná e em São Paulo, suspeitas de envolvimento no ataque à cidade de Guarapuava.
Foram 5 pessoas presas em São Paulo e uma em Maringá. O preso em Maringá é um homem que foi encontrado em uma residência por policiais civis pertencentes à 9ª Subdivisão Policial (SDP).
Houve também a apreensão de 5 pistolas, uma espingarda, peças de fuzil e diversas munições. Em vários locais visitados pelos policiais, havia porções de drogas. Foram apreendidos ainda documentos, aparelhos celulares e outros itens. Ao menos três confrontos armados foram registrados pelas equipes policiais. Não há informações de feridos.
Ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de:
- Curitiba (PR)
- Campina Grande do Sul (PR)
- Fazenda Rio Grande (PR)
- São José dos Pinhais (PR)
- Maringá (PR)
- Mandirituba (PR)
- Ortigueira (PR)
- Pinhais (PR)
- Tibagi (PR)
- Piraquara (PR)
- São Paulo (SP)
- Piracicaba (SP)
- Hortolândia (SP)
- Embu-Guaçu (SP)
- Campinas (SP)
- São Bernardo do Campo (SP)
- Itatiba (SP)
- Itapecerica da Serra (SP)
- Barra Velha (SC)
Crime em Guarapuava
O objetivo da ação dos policiais é apreender materiais e cumprir mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento na tentativa de assalto à transportadora de valores, em Guarapuava, na região Central do Estado, em abril deste ano. Segundo a Polícia Militar do Paraná (PMPR), em um trabalho de cinco meses de investigação foi possível identificar os principais membros do crime.
A ação dos criminosos aconteceu entre a noite do dia 17 e a madrugada do dia 18 de abril deste ano, no município de Guarapuava. Na ocasião, os criminosos fecharam os acessos da cidade e fizeram moradores reféns, utilizando-os como escudos humanos. Porém, não tiveram sucesso no crime, pois não conseguiram chegar até o cofre da transportadora de valores.
Durante a ação, os indivíduos atearam fogo em seis veículos, sendo que dois deles foram queimados em frente ao 16 º Batalhão da Polícia Militar, com o intuito de dificultar a ação policial. Além disso, eles abandonaram sete carros.
Os criminosos estavam equipados com veículos blindados e armamento pesado como fuzis calibres .762, .556 e, inclusive .50, que é um tipo de armamento de uso exclusivo das Forças Armadas, utilizado em artilharia antiaérea. Além disso, possuíam mochilas de mantimentos, com kits de primeiros socorros e capacetes balísticos.
Antes da fuga, os criminosos entraram em confronto com policiais militares. Na ocasião, dois policiais foram baleados, sendo que o Sargento Ricieri Chagas morreu em combate.
Os indivíduos deverão responder pelos crimes de organização criminosa, latrocínio, incêndio e explosão, porte ilegal de armas de fogo e explosivos, dano qualificado, receptação, sequestro e cárcere privado.
Investigações
As polícias do Paraná identificaram os membros da organização criminosa após intensos trabalhos e investigações. Durante as diligências, foi apurado que os criminosos se uniam para concretizar o crime a partir do domínio do município, fechando os acessos das cidades e agindo com violência e armamento pesado.
Os indivíduos, de diversos estados do país, possuem passagens por outros crimes como roubo a banco e de cargas, tráfico de armas e drogas, extorsão mediante sequestro e outros. Durante as investigações, verificou-se que os criminosos utilizavam as quantias roubadas para comprar itens de luxo, viagens, procedimentos estéticos e ostentar riqueza nas redes sociais.
Conforme apurado, a organização criminosa é responsável ainda por outros roubos em Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Lapa e Quitandinha, no Paraná, Criciúma, Araquari e Blumenau, em Santa Catarina, Araçatuba e Ourinhos, no estado de São Paulo e em Itajubá, em Minas Gerais.