Áudios de ligação revelam desespero de vítima de perseguição: "Eles me alcançaram, pelo amor de Deus"
Em ligação com a Polícia Militar (PM), um comerciante, vítima de bandidos, aparece relatando a perseguição que acabou em confronto, na manhã desta terça-feira (8), em Londrina, no norte do Paraná, . No áudio, conseguido pela equipe da RICtv, o homem conta o momento em que os bandidos começam a atirar contra seu carro.
“Rápido, rápido, policial! Pelo amor de Deus […] tão dando um monte de tiro no meu carro aqui”,
fala o homem, desesperado.
No início da ligação, o representante comercial do interior de São Paulo conta que os bandidos fecharam ele na via e tentaram abordá-lo, “Na hora que eu vi o cara passando e batendo no vidro do meu carro, achei estranho”.
Escute os áudios:
Pouco depois de explicar ao policial que carregava um malote de valor no veículo, começa a perseguição. Como a ligação estava travando, o homem, com medo de perder contato, pede que os policiais liguem para ele por WhatsApp para que ele possa enviar a localização por mensagem.
Quando o homem chega próximo ao crematório, na estrada da Warta, os bandidos conseguem alcançá-lo. A vítima avisa que escutou barulho de tiros e que alguns dos disparos atingiram o veículo. O policial orienta a vítima a “abaixar e tocar reto” porque uma viatura estava chegando no local.
A ligação termina com o PM orientando o representante comercial a esperar em um posto de combustível, onde a viatura iria fazer contato com ele. Depois da chegada da PM, os bandidos reagiram, dando início ao confronto.
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Os criminosos estavam em quatro. Durante o confronto, dois deles foram atingidos e morreram no local. Um dos mortos foi identificado como Renato Salvador, de 31 anos. Outro criminoso, identificado como João Henrique Sotocorno de Mello, de 38 anos, ficou ferido e foi encaminhado para a Santa Casa de Londrina, onde continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O quarto criminoso conseguiu fugir a pé.
Os policiais desconfiam que a quadrilha seja de Cornélio Procópio, na mesma região do Estado. A suspeita é que eles já tinham conhecimento do trajeto e do conteúdo que o comerciante transportava. O carro usado pelos bandidos não apresentava alerta de roubo ou furto.