Autora de ataque com soda cáustica é indiciada por tentativa de homicídio
Defesa contesta indiciamento, que passará agora pelo crivo do Ministério Público do Paraná antes de virar denúncia
A suspeita do ataque com soda cáustica contra a jovem Isabelly Ferreira foi indiciada nesta segunda-feira (3) pelo crime de tentativa de homicídio pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). Agora, o pedido de indiciamento será analisado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), que pode acatar o entendimento da polícia ou alterar a tipificação do crime.
De acordo com a defesa de Debora Custódio, de 22 anos, que é suspeita pelo ataque com soda cáustica, em Jacarezinho, a expectativa é que a jovem responda apenas por lesão corporal, que é um crime de menor gravidade.
A conclusão do inquérito pela PCPR aponta que a suspeita teria cometido os crimes de tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil e tentativa de feminicídio. Esse indiciamento agora passará pelo crivo do MPPR, responsável por oferecer a denúncia à Justiça. Caso o Ministério Público acate o que foi proposto pela polícia, a suspeita seria julgada pelo Tribunal do Júri.
Defesa contesta indiciamento: “medida totalmente exagerada”
Por outro lado, a defesa da suspeita se declara surpresa com a natureza do indiciamento, que acredita não ser o adequado.
“Ao nosso ver é uma medida totalmente exagerada, fora do contexto fático. Justamente porque a Débora jamais teve o intuito de ceifar a vida dessa jovem. Nos parece mais uma medida vingativa do que a justiça. Nós esperamos que o Ministério Público possa entender de uma forma diferente. A Débora sim merece responder, está à disposição da Justiça, no entanto, a imputação pelo crime de tentativa de homicídio é exagerada. Como a própria defesa já tem dito, pelo estado de saúde da vítima, no máximo um crime de lesão corporal de natureza grave”, afirma Jean Campos, advogado que defende a suspeita.
Vitima do ataque deixa a UTI, mas segue internada
Enquanto a polícia conclui o inquérito, a jovem Isabelly Ferreira apresenta melhoras em seu estado clínico. De acordo com o boletim médico divulgado nesta segunda-feira, pelo Hospital Universitário de Londrina, ela deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e segue o tratamento em um quarto.
Além disso, o boletim confirma que a moça está consciente e respira sem ajuda de aparelhos. Na última quarta-feira (29), ela prestou depoimento à Polícia Civil, por videoconferência, para detalhar o atentado sofrido.
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