Bebê abandonado em sacola segue se recuperando na UTI
A Polícia Civil ainda não descobriu quem são os pais do recém-nascido encontrado perto de uma obra, em Campo Mourão. Estado de saúde é estável
O bebê que foi encontrado abandonado dentro de uma sacola por um pedreiro, em frente a uma obra em Campo Mourão, segue internado nesta quinta-feira (22) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Santa Casa.
O último boletim médico emitido pelo hospital diz que o estado de saúde do recém-nascido é estável. A Polícia Civil tenta descobrir quem são os pais desse bebê.
O menino foi abandonado ainda com o cordão umbilical em um dos bairros da cidade. O pedreiro Elizeu Rodrigues, de 64 anos, contou que deseja um futuro brilhante para o bebê que ajudou a salvar.
“Que Deus proteja ele e que seja um grande homem. Isso aí é o que eu mais desejo, porque um dia eu vou ver ele ainda. Eu estou com 64 anos e nunca vi [algo assim]. Mas eu me sinto tão feliz por ter visto a criancinha ainda viva. Isso aí é bom para mim. Isso aí é para eu aumentar a minha fé em Deus mais ainda. E para acreditar que tem um Deus vivo. Eu fiquei muito feliz, foi um dos momentos mais felizes da minha vida que eu senti”, conta, emocionado.
Cachorrinha ajudou herói a encontrar o bebê abandonado
Em meio à timidez e à simplicidade, o pedreiro conta como encontrou o bebê em um dia que parecia ser apenas mais um em sua rotina de trabalho.
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“Eram umas três horas quando eu saí para ir no mercado comprar um refri. Aí eu ouvi aquela vozinha, aquele gritinho triste, mas eu não dei muita atenção, fiquei encabulado. Aí trabalhei até às cinco horas. Daí quando eram umas cinco horas, a gente saiu do trabalho e aconteceu uma coisa interessante. Tem uma cachorrinha que fica aqui e nunca sai, mas nessa hora ela saiu correndo pra fora do portão. Parece que ela quis dar um tempo para que a criança chorasse de novo, porque foi nessa hora que eu ouvi de novo o gritinho”, conta.
Ele então foi até o lugar de onde vinha o choro, ao lado dos materiais de construção, e encontrou a sacola onde estava o recém-nascido.
“A gente correu ali e o menininho gritou de novo. Então a gente viu que era uma criança e eu falei [pro meu colega] ‘não vou por a mão né’. Daí eu chamei a moça que fica na casa aqui do lado e ela já veio e chamou a polícia, a ambulância. Eles vieram e por Deus o menininho estava vivinho ainda. É um piazinho, coisa mais linda”, completou.
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