Brumadinho: 19 pessoas são indiciadas pela tragédia que fez 270 vítimas
A Polícia Federal indiciou 19 funcionários das empresas Vale e Tüv Süd pelas 270 vítimas no rompimento da barragem em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. Os profissionais, entre diretores, gerentes, engenheiros e consultores, das empresas responsáveis pela barragem e pela auditoria da estrutura devem responder por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, duplamente qualificado.
De acordo com as informações apuradas pelo portal R7, a conclusão do inquérito é resultado de uma segunda fase da investigação realizada pela PF. Nesta etapa, a organização foi responsável por apurar a prática de crimes ambientais de poluição, contra a fauna terrestre e aquática, a flora, os recursos hídricos, as unidades de conservação e sítios arqueológicos. Além de, um quarto crime de apresentação de declaração falsa perante a Agência Nacional de Mineração (ANM).
- Leia também: Vale deposita R$ 4,4 bi em juízo para transferência de renda por desastre de Brumadinho
Todos os funcionários, além das empresas, foram indiciados pelos crimes ambientais. Diante da nova resolução do caso, agora cabe ao Ministério Público Federal prosseguir com a denúncia. A PF informou que vai encaminhar, ainda nesta sexta-feira (26), o inquérito ao órgão.
Relembre a tragédia
No dia 25 de janeiro, às 12h28, a barragem na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, se rompeu. A lama de rejeitos matou 270 pessoas. Quase três anos após a tragédia, o Corpo de Bombeiros ainda exerce esforços para encontrar as sete vítimas que continuam desaparecidas.
A última identificada foi em 10 de novembro deste ano. A vítima era o mecânico Uberlândio Antônio da Silva, que trabalhava no local no dia do estouro.