Casa onde empresária desaparecida morava com o marido passa por perícia

Publicado em 27 out 2021, às 13h54. Atualizado às 13h55.

Três mandados foram cumpridos pela Polícia Civil de Marechal Cândido do Rondon, no Oeste do Estado, referente ao desaparecimento da empresária da cidade, Edna Storari. A mulher está desaparecida desde o dia 21 do mês passado.

Durante o cumprimento das ordens judiciais foram apreendidos aparelhos de celular. Uma perícia também foi realizada na residência, onde o casal morava. Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local e com luminol procuraram vestígios que possam auxiliar na investigação, conforme explica o delegado responsável pelo crime, Rodrigo Baptista.

“ A Polícia Civil deu cumprimento a três mandados de busca e apreensão, é mais um passo da investigação do inquérito que vem tramitando com maior prioridade na delegacia do município. Em conjunto com o Instituto de Criminalística, três peritos realizaram evidências do crime com uso de luminol. Agora aguardamos os laudos do instituto e também o desenrolar de alguns passos da nossa investigação, para que a gente possa finalizar esse inquérito.”

delegado responsável pelo crime – Rodrigo Baptista

Desaparecimento

A empresária Edna Storari foi vista pela última vez no dia 21. De acordo com a Polícia Civil, o desaparecimento da mulher só foi registrado no dia 27 de setembro, quando a filha da empresária procurou a delegacia para relatar que a mãe estava desaparecida e que o pai não havia feito a comunicação do ocorrido. Com isso, as equipes policiais foram até a casa de Edna e encontraram o marido, que disse estar saindo para realizar o boletim de ocorrência sobre o sumiço da esposa naquele momento. O fato acabou gerando estranheza para os policiais, que passaram a fazer perguntas ao homem.

À equipe, o companheiro apresentou a versão, apontada também pela filha da mulher, de que a vítima teria viajado para o Paraguai com um casal de amigos missionários. Além disso, ele informou que não teria conhecimento de quem seriam essas pessoas e, ainda, que a mulher não teria levado celular, pedindo, inclusive, para que ele formatasse o aparelho.

Com o início das diligências, surgiram as primeiras evidências de que a história apresentada pelo marido de Edna não era verdadeira, já que as roupas dela, assim como as maquiagens e joias estavam todas no lugar. Nada teria sido levado para a viagem. Conforme as investigações, depois de alguns dias do desaparecimento, o homem teria pedido aos vizinhos que apagassem as imagens de câmeras de segurança.

Diante do inquérito, foi realizado um pedido de prisão temporária do suspeito, que agora é investigado por homicídio e fraude processual.

Ao ser preso, o homem negou os fatos, mantendo a versão inicial. A suspeita é de que o marido teria cometido um crime por conta de um pedido de divórcio por parte da esposa. Ele permanece preso.