Dono de postos de combustíveis e advogada são indiciados por tortura em Curitiba
Um casal, formado por um dono de postos de combustíveis e uma advogada, foi indiciado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) suspeito de tortura e extorsão de um homem, de 42 anos, em Curitiba. Os crimes teriam acontecido no escritório de advocacia da mulher suspeita. Segundo as investigações, o indivíduo suspeito pelos crimes acumula mais de 50 processos criminais de funcionários.
A vítima do casal seria um fornecedor, que foi extorquido e alvo de torturas físicas e psicológicas. Segundo a PCPR, os crimes aconteceram em 2021 e foram descobertos no início de 2023, quando um celular foi apreendido em uma operação que apurava adulteração em postos de combustíveis. Após análise no aparelho, foram verificados vídeos da tortura e instaurado inquérito policial para apurar os fatos.
A vítima foi torturada de forma física e psicológica, sendo coagida a pagar R$ 15,5 mil por uma suposta não entrega de balcões refrigerados em um dos estabelecimentos pertencentes ao suspeito, de 72 anos. Ainda obrigaram a assinar confissões de dívidas, uma delas no valor de R$ 100 mil.
O casal ainda é acusado de corrupção de menores, visto que os crimes foram cometidos com a presença do filho dos suspeitos, de 14 anos.
Homem é torturado por casal em Curitiba
Conforme apurado nas imagens, o homem foi submetido à cárcere privado. No local, os suspeitos fraturaram a costela da vítima, a agrediram com socos, chutes e com uma tonfa. Além disso, o ameaçaram com uma máquina de choque, e jogaram um líquido incolor, afirmando ser etanol e que, caso ele não assinasse a nota promissória, o incendiariam.
Nas ações, o filho do casal é incentivado a ameaçar e quebrar o braço e mexer no celular da vítima com intuito de procurar bens ou algo de valor, além de manter um punhal na cintura.
Durante as investigações, a PCPR apurou que o suspeito é dono de uma rede de postos de combustíveis e que possui diversos boletins de ocorrência relatando ameaças, utilizando arma de fogo, contra os funcionários.
“Apuramos ainda que existem 55 processos criminais contra o indivíduo, além de 15 inquéritos policiais, que ele costuma constranger os funcionários a assinarem documentos. Ele foi intimado diversas vezes e utiliza da condição de saúde para dificultar cumprimento das medidas legais”, afirma o delegado da PCPR Cássio Conceição.
Em uma das situações, o indivíduo e a mulher ainda teriam ameaçado policiais militares. Além de ser investigado por falsidade de atestado médico, uso de documento falso e fraude processual.
Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui