Caso Henry: Dr. Jairinho é atendido em UPA de presídio após passar mal

Publicado em 10 abr 2021, às 11h42.

O vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (afastado do partido Solidariedade), – preso na quinta-feira (8) suspeito de envolvimento na morte do enteado, o pequeno Henry Borel Medeiros, de 4 anos – passou mal e precisou ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo Penitenciário de Bangu, onde está detido, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Conforme a Secretaria de Administração Penitenciária, o parlamentar solicitou ajuda, foi medicado e passa bem. Dr. Jairinho e a esposa, Monique Medeiros, mãe da criança, são suspeitos de atrapalhar as investigações, ameaçar e tentar combinar versões com testemunhas. Jairinho teria, inclusive, tentado impedir que o corpo de Henry fosse encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).

Os laudos do IML mostraram que Henry sofreu hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, e que o corpo apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões. O menino foi levado para o hospital na madrugada do dia 8 de março, onde chegou morto. Conforme a polícia, o menino pode ter sido agredido.

Relembre o caso

Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo o pai do garoto, Leniel Borel, ele e o filho passaram, normalmente, o fim de semana juntos. Por volta das 19h do dia 7, o engenheiro o levou de volta para a casa da mãe do menino, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, que mora com o vereador.

De acordo com informações do jornal Metrópoles, ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.

Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso.

Laudo mostra lesões graves

O laudo de exame de necropsia no corpo de Henry foi o principal ponto de partida para a investigação sobre a morte do menino de 4 anos. Assinado pelo perito Leonardo Huber Tauil do Instituto Médico-Legal (IML), o documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, revela que o garoto morreu por hemorragia interna, laceração hepática por ação contundente, como socos e pontapés.

Foram identificadas múltiplas lesões nos rins, pulmões, nas costas e na cabeça. Depois de ouvir 17 testemunhas, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conta ainda com uma força-tarefa com peritos que ainda está debruçada em analisar 11 celulares e três computadores, apreendidos no último dia 26, de Monique, Jairinho e do pai de Henry, Leniel Borel. Investigadores tentam recuperar mensagens apagadas dos celulares do casal, que teriam sido apagadas na noite da morte da criança.