Caso Marielle Franco: bombeiro é preso por suspeita de participação no crime

por Carol Machado
da equipe de estágio RIC Mais, sob supervisão de Caroline Berticelli
Publicado em 10 jun 2020, às 11h54. Atualizado às 11h59.

A Polícia Civil prendeu na manha desta quarta-feira (10) um sargento do Corpo de Bombeiros por suspeita de participação no crime que tirou a vida da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018. Conforme a investigação, ele teria sido responsável por se desfazer das armas usadas nas execuções.

Identificado como Maxwell Sumões Correâ, de 44 anos, popularmente conhecido como Suel, foi preso em sua residência, localizada em um condomínio de luxo na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Maxwell Sumões é apontado como braço direito do assassino de Marielle Franco

De acordo com o Ministério Publico do Rio de Janeiro (MP/RJ), Maxwell foi o braço direito de Ronnie Lessa, que é apontado como autor do crime, e atrapalhou as investigações ao esconder os armamentos.

A obstrução de Justiça praticada pelo bombeiro, junto aos outros quatro denunciados, prejudicou de maneira considerável as investigações em curso e a ação penal deflagrada na ocasião da operação “Submersus”,

Junto com o mandado de prisão também foi emitido mandados de busca e apreensão em dez endereços na cidade que estão ligados a Maxwell e outros investigados.

A ação foi realizada pelos policiais da Delegacia de Homicídios e também por promotores do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A decisão foi tomada pelo Juízo da 19ª Vara Criminal da Comarca da Capital.

Até o momento, as autoridades ainda não localizaram as armas utilizadas para matar Marielle Franco e Anderson Gomes.

Operação Submersus

A operação Submersos foi iniciada em outubro de 2019 para tentar localizar as armas. Suspeita-se que elas tenham sido despejadas no mar da Barra da Tijuca.

Suel já havia prestado depoimento, onde afirmou que no dia do crime tinha levado a sua esposa em um médico em Botafogo e que só chegou à Barra da Tijuca, entre 20h30 e 21h.

Marielle e Anderson foram mortos por volta das 21h10. Porém, em seus depoimentos Suel e sua esposa caíram em contradição. Enquanto Aline, afirmou que após o fim de um jogo eles foram para casa e não saíram mais. Já Maxwell informou que deixou a mulher em casa e voltou para o bar.