Caso Maritza: sentença do delegado deve ser conhecida na madrugada de sexta (4)
A expectativa é que até a madruga desta sexta-feira (4), seja conhecida a decisão dos sete jurados
Depois de quatro dias o julgamento do delegado da Polícia Civil Erik Busseti acusado de matar a esposa Maritza Guimarães de Souza e a enteada Ana Carolina de Souza em 2020 deve chegar ao fim nas próximas horas.
Nesta quinta-feira (4), o réu relatou as ocorrências do dia 4 de março de 2020, quando Maritza e Ana Carolina foram assassinadas a tiros. Erik Busseti deve ser interrogado pelos advogados de acusação e defesa.
A segunda etapa é a parte dos debates entre o Ministério Público e assistência de acusação e os advogados de defesa, cada um com 1h30. O caso repercutiu teve repercussão nacional principalmente por se tratar de um delegado que matou a esposa que era escrivã da PCPR e também a enteada de apenas 17 anos.
A expectativa é que nas próximas horas, até a madruga desta sexta-feira (4), seja conhecida a decisão dos sete jurados, se Erick de fato será condenado por esses crimes ou se poderá ser absolvido já que a tese da defesa é a legitima defesa.
Caso Maritza: relembre o crime
O crime aconteceu em 4 de março de 2020. Conforme as investigações, após cerca de dez anos de união, Erik e Maritza estavam em processo de separação, mas o marido não aceitava a situação. O delegado e a policial ainda moravam juntos e, antes do fato, discutiram por pelo menos três horas.
A polícia também verificou que Maritza tentou fazer as malas, indicando que sairia de casa. Após a mulher ir para a saída da residência, Erik bateu na porta do quarto de Ana, e logo após a adolescente abrir é agredida com chutes e tapas. Maritza volta para tentar defender a filha e neste momento as duas são baleadas e caem abraçadas no chão.
A ação aconteceu enquanto a filha do casal, de 9 anos, dormia em outro cômodo. Depois, Busetti deixou a criança com uma vizinha e pediu que a filha ligasse para a Polícia Militar. A equipe do Siate encontrou as vítimas sem vida no local do crime e Erik foi preso em flagrante.
Erik ficou em silêncio no interrogatório, mas, segundo as investigações, confessou o crime em conversas anteriores com policiais militares. Ele foi autuado por duplo feminicídio e levado ao Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde segue preso até hoje. Dias depois, Erik foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por duplo feminicídio.
Em 23 de março de 2020, a denúncia foi recebida pela Justiça, e ele se tornou réu. Em 8 de outubro, a 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central da Comarca da RMC determinou que Erik fosse levado a júri popular, sem direito a recorrer e aguardar julgamento em liberdade. Erick responde preso desde a data do fato.
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