"De forma alguma ele confessa", diz advogado de paranaense suspeito de morte de família no Japão
O advogado que representa o paranaense suspeito de matar a esposa e a filha no Japão concedeu entrevista à RICtv nesta sexta-feira (2). Hélio Venâncio representa Anderson Robson Barbosa, de 33 anos, e afirma que o homem não cometeu os crimes. “De forma alguma ele confessa”, disse ao repórter Guilherme Batista ao vivo. A entrevista foi feita em Londrina, no Norte do Paraná, cidade em que Anderson morou antes de mudar de país.
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Hélio disse que Anderson se desesperou “diante da cena vista” ao encontrar os corpos. O advogado acrescenta que o suspeito “sabia que ele seria a pessoa focada pelas autoridades japonesas e que ele seria, estando sozinho, sem assistência nenhuma, massacrado, não só pela população japonesa, mas por toda repercussão pública”.
O representante confirma que o paranaense está no Brasil e que os dois entraram em contato com a Polícia Federal (PF). Entretanto, ele alega que o órgão teria falado que “não havia nenhum documento, nada da embaixada japonesa no Brasil, do Ministério das Relações Interiores que autorizasse a receber o Anderson”. A defesa informou que aguarda o contato das autoridades para os próximos passos.
Anderson não está na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). A Polícia Federal informou que o órgão foi comunicado sobre o caso, mas que não irá repassar detalhes.
O caso
Manami Aramaki, de 29 anos, e Ririi Aramaki, de 3 foram encontradas mortas no apartamento em que a família vivia, no dia 24 de agosto, em Osaka, no Japão. Os corpos foram encontrados depois que a família acionou as autoridades por não conseguir entrar em contato com as vítimas.
De acordo com o site da Delegacia de Polícia de Kuroyama da Prefeitura de Osaka, o crime teria acontecido entre os dias 21 e 22 de agosto. Anderson Robson Barbosa, de 33 anos, é brasileiro e está sendo procurado pela polícia japonesa para concluir as investigações sobre o caso.
As câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Narita registraram Anderson embarcando, no dia 22 de agosto. No dia 1º as autoridades divulgaram as características do suspeito para ajudar a encontrá-lo.
Os advogados para a defesa de Anderson são de Cambé e Londrina, no Norte do Paraná. Em nota, eles afirmam que o suspeito não é considerado foragido. Leia a nota na integra:
“Outrossim, apesar do Sr. Anderson não deter a qualidade de réu, nem de acusado, e nem sequer de indiciado, desde agora informa-se que o mesmo já realizou, através de seus defensores, o necessário contato com a autoridade policial, diante do qual se apresentará oportunamente para colaborar com o esclarecimento dos lamentáveis fatos”, consta na nota dos advogados Matias Soares Furlanetto e Hélio de Matos Venâncio.
Nesta sexta-feira (2), um dos representantes de Anderson Barbosa, Hélio Venâncio, afirma que eles estão negociando com a Polícia Federal o “momento mais adequado para ele se apresentar”.