Ex-policial que matou George Floyd admite ter violado os direitos civis da vítima
(Reuters) – O ex-policial Derek Chauvin declarou-se culpado, nesta quarta-feira (15), em um tribunal federal do Minnesota de acusações de violação dos direitos civis de George Floyd durante o assassinato do homem negro em 2020, revertendo sua declaração de inocência de setembro.
Procuradores pediram ao juiz que o condene a 25 anos de prisão, que seriam concomitantes à sua pena estadual e lhe acrescentariam cerca de dois anos, noticiou o jornal New York Times. Chauvin, um homem branco de 45 anos, já foi condenado por uma corte estadual a 22 anos e cinco meses de prisão pelo assassinato de Floyd em 2020. O então policial se ajoelhou sobre o pescoço de Floyd durante quase nove minutos enquanto um passante registrava tudo em um celular.
Sua condenação em abril na corte estadual por homicídio foi vista por muitos como uma refutação histórica do uso desproporcional da força por parte da polícia contra norte-americanos negros. O vídeo que mostrou Chauvin se ajoelhando sobre o pescoço da vítima algemada durante a prisão causou revolta global e desencadeou um dos maiores movimentos de protesto dos Estados Unidos em décadas.
Chauvin e três outros policiais, Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao, estavam prendendo Floyd pela suspeita de uso de uma nota falsa de US$ 20. Lane, Kueng e Thao enfrentam acusações como cúmplices pela morte de Floyd em um julgamento estadual que deve começar em março.
- Confira: Quatro ex-policiais são indiciados por acusações de violar direitos civis em caso de George Floyd
(Por Julia Harte)