Desaparecimento de Ísis completa 18 dias e suspeito troca defesa pela 2ª vez

O principal suspeito do desaparecimento de Ísis trocou de advogado pelo segunda vez. Ele segue preso em Ponta Grossa, nos Campos Gerais (PR)

Publicado em 24 jun 2024, às 12h37. Atualizado às 19h23.
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O desaparecimento de Ísis Victória Mizerski completa 18 dias nesta segunda-feira (24). O vigilante e principal suspeito, Marcos Vagner de Souza está preso em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, e trocou de advogado pela segunda vez.

Desaparecimento de Ísis completa 18 dias
Ísis desapareceu após sair para se encontrar com o vigilante (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

De acordo com a RICtv Curitiba, esse é o terceiro advogado a defender o suspeito. A defesa trabalha para pedir a liberdade do vigilante. Enquanto isso, a família da jovem desaparecida segue com as buscas a adolescente. “São 18 dias sem notícias da Ísis”, desabafou o tio da menina.

Desaparecimento de Ísis completa 18 dias

O desaparecimento da adolescente Ísis Vitoria Mizerski, de 17 anos, completa 18 dias nesta segunda-feira (24). A garota saiu de casa no bairro Santa Rita, em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, por volta das 17h30 para se encontrar com Marcos Vagner de Souza, também conhecido como Marcos Rone. Câmeras de segurança da cidade registraram a menina às 18h02, depois disso, Ísis não foi mais vista.

Ísis desapareceu na noite do dia 6 de junho, em Tibagi
Ísis desapareceu na noite do dia 6 de junho, em Tibagi (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

O principal suspeito pelo desaparecimento de Ísis é Marcos Rone, que está preso desde o dia 17 de junho, na penitenciária Hildebrando de Sousa, em Ponta Grossa. O homem é apontado como o pai do filho que Ísis esperava. Aliás, o encontro marcado entre Ísis e Marcos no dia 6 de junho era para discutir sobre a gestação, que estava nos primeiros meses.

Logo após o desaparecimento, amigos e familiares de Ísis procuraram Marcos Rone, para obter informações sobre a adolescente. Entretanto, em troca de mensagens por um aplicativo, o principal suspeito entrou em várias contradições e não soube informar o paradeiro. 

Equipes de resgate da Polícia Militar do Paraná, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil do Paraná realizaram diversas buscas em Tibagi e também em cidades próximas. Entretanto, 15 dias após o desaparecimento ainda não há nenhuma informação sobre onde está Ísis. Confira cinco mistérios que envolvem o Caso Ísis:

Para onde Ísis foi levada?

Desde que tomou conhecimento do desaparecimento de Ísis, a Polícia Civil de Tibagi busca informações e busca provas que possam levar até o paradeiro da adolescente. O último registro com imagem da adolescente é das 18h02, do dia 6 de junho. A menina aparece em uma rua do município, provavelmente a caminho do encontro com Marcos.

Câmera de segurança flagrou Ísis no início da noite de 6 de junho
Câmera de segurança flagrou Ísis no início da noite de 6 de junho (Foto: Câmera de segurança)

As outras imagens que a investigação possui são referentes ao carro do suspeito. Às 18h16, o veículo utilizado pelo vigilante é flagrado deixando a cidade de Tibagi. Já Pas 19h12, quase uma hora depois, o mesmo equipamento registra o automóvel retornando a cidade.

Câmera flagra carro de Marcos Rone saindo de Tibagi e retornando cerca de uma hora depois
Câmera flagra carro de Marcos Rone saindo de Tibagi e retornando cerca de uma hora depois (Foto: Câmera de segurança)

Existe a suspeita que Ísis pudesse estar dentro do veículo de Marcos Rone no momento em que o suspeito deixou a cidade. A adolescente enviou uma mensagem para a mãe, Flávia Mizerski, com a localização às 18h15, um minuto antes do carro do suspeito aparecer nas câmeras.

Mensagem enviada para mãe de Ísis e apagada

Outro mistério que precisa ser revelado pela investigação é sobre a mensagem enviada pelo celular de Ísis para a mãe e apagada logo na sequência. Segundo a PCPR, a mensagem continha a localização atual da adolescente, às 18h15, do dia 6 de junho.

Localização de Ísis foi apagada logo após envio para mãe
Localização de Ísis foi apagada logo após envio para mãe (Foto: Reprodução)

O delegado Jonas Avelar revelou em entrevista que a atitude de enviar a localização pode indicar que a adolescente sentia algum risco. Esta foi a última comunicação entre Ísis e um familiar. 

Também não é possível afirmar se foi Ísis quem apagou a mensagem ou se o conteúdo foi excluído a mando de alguém.

Sinal do celular em matagal

Logo após a mensagem com a localização ser apagada, o telefone celular de Ísis foi desligado. Segundo a investigação, o último local onde o aparelho telefônico da adolescente emitiu sinal é em um matagal, em Telêmaco Borba, a cerca de 40 km de Tibagi.

A investigação também revelou que nos dois dias seguintes ao desaparecimento de Ísis (7 e 8 de junho), o suspeito Marcos Rone esteve na região onde o celular da adolescente emitiu sinal. Porém, ainda não se sabe o motivo pelo qual o vigilante esteve no local.

Gravidez secreta de Ísis

A mãe de Ísis não sabia da gravidez da adolescente. Segundo familiares, a garota descobriu a gestação após realizar um teste recentemente. Com a notícia, a menina procurou uma irmã mais nova e uma prima, estas eram as únicas familiares que sabiam da gravidez.

Mãe de Ísis não sabia da gravidez da filha
Mãe de Ísis não sabia da gravidez da filha (Foto: Reprodução/ Redes Sociais/ RICtv)

Como Ísis teve um envolvimento com Marcos Rone pouco meses antes, a adolescente contou que o suspeito era o pai da criança. Conforme a família, a adolescente tinha vontade de manter a gestação e criar o filho sozinho. Porém, o vigilante seria contrário a decisão. Algumas mensagens mostram que o suspeito procurou métodos para interromper a gravidez.

O plano de Ísis no dia 6 de junho seria para discutir a gravidez com Marcos Rone, contar que pretendia criar a criança sozinha e a noite iria revelar para a mãe sobre a gestação. Entretanto, a menina não voltou para casa.

Relação entre Ísis e Marcos Rone

Outro ponto que ainda necessita de mais informações é referente a relação entre Ísis e Marcos Rone. O vigilante, que é casado e pai de três filhos, contou que viveu apenas um ‘lance’ extraconjugal com a adolescente, no momento em que estava separado da esposa. Em mensagens, o homem chegou a relatar que não via Ísis desde o início de maio.

Marcos e Ísis tiveram um 'lance' que gerou a gravidez da adolescente
Marcos e Ísis tiveram um ‘lance’ que gerou a gravidez da adolescente (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Já familiares de Ísis repassaram poucas informações sobre o relacionamento da adolescente com o suspeito. 

A residência de Ísis fica a cerca de 1,7 km da casa onde Marcos Rone morava. Após o desaparecimento, o homem não foi mais visto no local e se entregou a polícia no dia 17 de junho em Francisco Beltrão, a mais de 400 km de Tibagi, onde possui familiares.